Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Com o fim do Campeonato Cearense, o ano de 2021 do futebol feminino no Estado está oficialmente encerrado. Sem mais competições, as equipes entram em férias e quem vai para as festas de final de ano com a taça na mão é o Ceará. A equipe de Porangabuçu confirmou o favoritismo na final e, após vencer no jogo de ida por 2 a 1 e empatar no jogo de volta por 3 a 3, conquistou o troféu.
O Alvinegro encerra a temporada em bom estilo. Em março, depois de ser vice-campeão da edição de 2020 do torneio, o time agora comandado por Erivelton Viana se estruturou para a Série A2 do Brasileirão. Apesar de cair na competição nacional nas quartas de final para o Cresspom-DF, o grupo soube se refazer para apresentar um bom futebol no Estadual: foram 42 gols anotados no torneio e somente cinco tomados.
Apesar dos bons números, título local não deve ser o limite para as Alvinegras para o próximo ano. É importante que a equipe mire em maiores reforços para conseguir finalmente o acesso em nível nacional.
Para isso, o Ceará deve pensar não somente no investimento que irá fazer, mas também em trazer a torcida para mais perto da equipe. O concurso que fez com que um(a) torcedor(a) desenvolvesse a camisa Nação Alvinegra de 2021 já foi um bom início, mas julgo que é preciso de uma maior aproximação. E falo isso não somente para o Alvinegro, mas também para o Fortaleza.
Com as excelentes campanhas feitas no futebol masculino, com ambos os times classificados para competições internacionais, o torcedor tem se aproximado cada vez mais e o número de sócios tem crescido como nunca. Por que não se aproveitar desse crescimento para criar um elo entre a arquibancada e as jogadoras? Ter o torcedor ao lado seria uma excelente maneira de fortalecer a modalidade.
Para o Fortaleza, também seria considerável pensar, para 2022, em um investimento maior. Apesar do título da edição de 2020 do Estadual, que foi conquistado em março deste ano, o time fez campanhas aquém do que se esperava na Série A2 e no Estadual desse fim de ano. Isso, claro, passa pelo valor que foi dedicado para a modalidade. Sei que a pandemia dificultou a captação de recursos, mas é necessário que haja, no mínimo, uma estratégia para superar isso no novo ano.
Voltando a falar de proximidade com o torcedor, que deve ser construída por meio dos times, nesse Estadual eu tive a sensação, muitas vezes, que o torneio não teve os holofotes que merecia. A Federação exibiu os jogos, mas senti falta de maior divulgação de ambas as equipes, especialmente se tratando da final. Quem acompanhou o Clássico-Rainha viu que há uma rivalidade latente em campo, mas ela precisa ser melhor explorada. Não adianta ter um jogo com carga histórica, super pegado, disputa por número de títulos, se as equipes não apresentam isso da melhor forma ao torcedor.
Por parte da Federação, é importante que a entidade veja a possibilidade de manejar a competição para horários mais favoráveis. Tenho a ciência que outras competições e modalidades mandam jogos na parte da tarde, mas isso não diminui o quanto jogos às 15 horas é prejudicial para o desenvolvimento do espetáculo.
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