O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, disse à Coluna que o setor dirige para sobreviver. Noutros termos, projetos diversos, como eletrificação e conectividade, não serão desligados, mas ficarão em velocidade lenta. Ele chama de um necessário replanejamento. Na cabeça da Anfavea, a preocupação é com a saúde das equipes e dos caixas. Outra: a sobrevida dos fornecedores. Sem eles, nada feito.

O setor trabalha com números devastadores. Tomando apenas o Ceará como referência, a queda em licenciamentos de janeiro a junho chega a -41,9%, ante o primeiro semestre de 2019. Janeiro foi o último mês positivo na comparação. Um mini 3,4%. Depois vieram descendo a ladeira. Fevereiro (-8,7%), março (-22,1%), abril (-87,5%), maio (-80,7%) e junho até o dia 23 (-46,4%).

Apesar da colisão frontal no mercado automotivo, uma pesquisa de Webmotors e Anfavea com 1.668 usuários do site serviu de alento: dos consumidores interessados na compra de um carro 0 Km, 84% planejam a aquisição para 2020. Foi gente de todo o País. A maioria homens de 36 a 45 anos, sobretudo do Sudeste.

 

SANEAMENTO

Marco exige regulação forte

A aprovação do novo marco do saneamento no Senado remete à revolução ocorrida na Era FHC, quando telefone deixou de ser patrimônio para virar serviço. Ou ainda quando na Era Dilma aeroportos brasileiros, como o de Fortaleza, foram entregues à iniciativa privada. Sumiu um esqueleto e surgiu um terminal. A telefonia foi popularizada e o Pinto Martins decolou porque a sociedade fez uma escolha.

No Brasil, desde sempre saneamento é feito (ou não) pelo poder público. No atual ritmo, improvável conseguir avanços neste século - água, esgoto, drenagem e resíduo sólidos. Precisaria o Estado ter dinheiro e prioridade. O modelo privado não é sinônimo de eficiência. Na telefonia, estabeleceu-se um marco regulatório e criou-se um modelo de agência reguladora. Se não funcionam a contento é outra história. Para dar certo, precisa de metas e rigor por parte do Estado.

 

COVID-19

CasaCor Ceará está mantida; São Paulo não

 

Os promotores da CasaCor São Paulo anunciaram que se viram obrigados a tomar a decisão de cancelar o evento deste ano. Agora só em 2021. Pretendem fazer em "formato inédito com uma reflexão sobre a casa pós-pandemia sob a ótica da arquitetura, do urbanismo e da decoração". Mas a Casa CasaCor Ceará está mantida. Neuma Figueiredo confirma o evento deste ano, de 4 de novembro a 6 de dezembro.

Será na casa outrora ocupada pela família do deputado Etevaldo Nogueira Lima, na Silva Jatahy, no Meireles. Será a 22ª edição. No ano passado, aconteceu na antiga sede da holding de J. Macêdo. "Acontece que São Paulo não conseguiu ainda estabilizar a Covid-19 e lá a Mostra é muito grande e o público enorme", diz Neuma. Segundo ela, "aqui estaremos com todos os protocolos de segurança em uma mostra pequena e charmosa".

Horizontais

Meia taça- Deda Gomes abriu o Moleskine e o Giz. Treinou o pessoal e abriu apenas para almoço, com capacidade reduzida. Menos de 50%.

Direto - As maquininhas do PagSeguro PagBank dos modelos Moderninha Smart, Moderninha X, Pro 2, Pro, Plus e Wifi aceitam pagamentos efetuados diretamente das contas de beneficiários do auxílio emergencial por meio do aplicativo da Caixa.

Vestibular Virtual - A Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio criou uma versão digital para o vestibular do segundo semestre. As provas serão virtuais.

Persona - O principal lançamento da Volkswagen em 2020, o Nivus, chega às lojas no começo de agosto em duas versões. A partir de R$ 85.890. A Volkswagen pretende vender para clientes com idade média entre 30 e 35 anos, ligado a esportes, tecnologia, games, música, carros, gastronomia, viagens e pets.

Energia - A MindSelf atende desde pequenos negócios a grandes multinacionais com programas corporativos de meditação e mindfulness (atenção plena, sentir onde está). A Enel é uma das clientes.