É bem provável que nenhum dos candidatos a prefeito de Fortaleza queira mexer em vespeiros até o dia das eleições. Mas se acaso quisessem não faltariam. Um deles são os privilégios concedidos a servidores municipais quanto ao pagamento de impostos. No caso, a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

A lei de 1989 era bem generosa. Concedia a isenção de modo indiscriminado. Em 2006 ficou menos, mas ainda uma mãe. Em suma, foi definido que a isenção vale apenas para "o imóvel pertencente a servidor público municipal de sua propriedade e que o utilize exclusivamente para sua residência".

A redação anterior apenas dizia não ser preciso pagar. Assim, um servidor poderia dispor do gracejo em um, dois, três, quatro... quantos imóveis tivesse. A mesma lógica foi aplicada ao ITBI. Vale apenas para o imóvel no qual se resida.

E tem outra: pela Lei, têm direito aos mesmos mimos aqueles que nem sequer servidores são, mas ocupam cargos comissionados. Isso mesmo. O tratamento é idêntico.

A legislação municipal é simpática com os servidores da Prefeitura, contudo, é injusta com o contribuinte que não passou no concurso. Dá de ombros para o princípio da isonomia tributária. Quem vai falar em mexer nisso? Provavelmente ninguém.

TODA A ELETRICIDADE

Inovações na EDP Brasil

A EDP Brasil (de matriz portuguesa e uma unidade no Pecém) anunciou Andrea Salinas como a nova diretora de Inovação e Venture Capital. Ela tem experiência na gestão de projetos de grande porte, no Brasil e no Exterior. Passou por The Walt Disney Company, Discovery Networks, JCDecaux, Grupo Pão de Açúcar/Casino e Citibank. Em tempo: a EDP Brasil e a Unidas formaram parceria para o fornecimento de veículos elétricos para locação. A locadora entra com os carros e a EDP vai prover infraestrutura para carregamento. Caso preciso, fará fornecimento dedicado de energia a partir de mini usinas solares. Começa com 100 carros, 100% elétricos, para aluguel nos setores corporativo e pessoa física de São Paulo, Curitiba e Brasília, com expectativa de 600 carros para o ano que vem.

EM ALTA

Tem mais gente fazendo seguro

A MAG Seguros, seguradora com mais de 185 anos de mercado, apontou que houve um forte crescimento na procura por seguro de vida durante a pandemia do coronavírus no Ceará. O que ela percebeu é sentido em todo o mercado de fato. Quem opera no setor confirma: hoje está um pouco mais fácil falar da proteção de vida. A MAG declara aumento de 11,9% na contratação de seguro de vida entre março e agosto deste ano no Ceará, ante o mesmo período de 2019, diz David Martins, superintendente da empresa no Estado.

REFRIGERANTE DE CAJU

Sucessão com educação familiar

A Escola F - Educação para Famílias Empresárias, criada no Recife por empresários e especialistas da governança familiar, passou a atender às famílias empresárias onde elas estiverem, em todas as regiões do Brasil. Antes, o programa Conselheiro F era realizado apenas em turmas presenciais na sede, no bairro de Boa Viagem. Os encontros passaram a ser virtuais. Um dos clientes é de Juazeiro do Norte, a Cajuína São Geraldo. Começou em janeiro e já criou o Conselho de Família, do qual participam 12 familiares do fundador da Cajuína São Geraldo, José Amâncio de Souza, e de seus irmãos Tarsila e Francisco. O Conselho tem duas mulheres já da terceira geração, Tamyles Feitosa e Munique Graziele. O faturamento anual declarado é de R$ 120 milhões e emprega 450 funcionários. Mas nem só de refrigerante de caju vive a família. Tem ainda água mineral e um cemitério.

SERVIÇO

Servnac vai abrir franquias

O Grupo Servnac vai começar a franquear a marca de seus produtos e serviços em todo o País, inclusive no Ceará, onde fica sua matriz. Aos franqueados vai oferecer não só portfólio, mas seus sistemas de gestão e o Know how. Tem 33 anos de mercado. O posicionamento é o mesmo: solução para grandes, médias e pequenas empresas, também casas e condomínios de pequeno e grande porte.

AS METADES

Agro terá 2021 doce e azedo

Luiz Roberto Barcelos, presidente da Agrícola Famosa e da Abrafrutas, antevê um 2021 doce para o agronegócio. "China crescendo e comprando muita soja e carne, além do dólar alto deixará o agro em boa fase". De todo modo, o setor lida com um problemas de imagem. Dentro e fora da casca. As campanhas internacionais contra os produtos brasileiros, em função dos descuidos com o meio-ambiente, associadas ao protecionismo europeu, são ameaças. Em certa medida, injustas, pois nem todo mundo desmata a Amazônia ou nem sequer produz lá.

Horizontais

À beira-mar - O ano que vem, que começa daqui a pouco mais de dois meses, deverá ser marcado por projetos turísticos-imobiliários de segunda residência. Jorge Rebelo, do Vila Galé, por exemplo, vai lançar no Cumbuco.

Severino Neto (Mercadinhos São Luiz) evita previsões, mas solta que para aves a expectativa é positiva. Com óleo de soja oferta escassa, quase limitada por cotas. Com o dólar alto, o pessoal exporta mais e falta. "Mas o que será o comportamento das pessoas sem o réveillon de rua? Ficarão em casa? Sairão?".