Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
O destino de Ceará e Fortaleza hoje na Série A do Brasileirão, em jogos a acontecer ao mesmo tempo, a partir das 16 horas, tem impacto para além das paixões de cada torcida. O milionário negócio do futebol se espraia. A Série A é um circo de milhões de reais acima das demais divisões.
Os contratos de direitos de transmissão, patrocínios e premiações impactam a economia de modo bastante pulverizado. O dinheiro circula nos diversos campos. Seja pelos altos salários a irrigar o mercado imobiliário (com vendas e locações), a ocupação hoteleira, bares e restaurantes, alimentos e bebidas, a logística (leiam-se corridas de táxis e aplicativos) e o mercado de produtos licenciados, além do mercado publicitário nas coberturas esportivas pela imprensa.
Afora a mão de obra mais qualificada nas equipes, nos dias de jogo, há a contratação de pessoal temporário para segurança, limpeza e operação do estádio. Ademais, clubes com finanças saudáveis têm oxigênio para diversificar modalidades esportivas e investir em categorias de base, com inerente efeito social. E ainda tem mais uma razão, esta intangível: torcedores felizes são pessoas mais felizes - e consomem mais. Assim, tomara que os dois permaneçam na elite.
A despeito da racionalidade do tema, sabemos nós que há quatro tipos de pensamento na cabeça das torcidas. Primeiro o desejo de ver o time ficar, em seguida ver o adversário cair e só em terceiro a compreensão de que é melhor que os dois permaneçam. Uma quarta leitura sugere que, em caso de queda do time, que pelo menos o rival desça também.
O Ceará enfrenta o Palmeiras, na Arena Castelão, e o Fortaleza encara o Botafogo, no Rio de Janeiro.
Ari Neto, o CEO da Arco Educação, terá 500 mil alunos em sua plataforma de ensino de inglês, após comprar a segunda colocada no ranking, a Edify, cujo fundo controlador era Gera Capital, de Jorge Paulo Lemann.
Edify agrega 150 mil estudantes aos 350 mil já clientes. E, doravante, segundo ele, crescimento apenas orgânico no negócio. Neste formato, ela mira em uma meta ousada: atingir 1 milhão de alunos em três anos.
Ari disse à Coluna que agora tem um portfólio completo com mais tecnologia agregada. Uma marca da Edify era a gamificação dos conteúdos. Esta inteligência está no pacote e ele pretende levar para outros negócios da Arco.
A decisão de vender a Edify para a empresa de origem cearense compõe uma nova angulação da Gera Capital, agora de volta ao foco em colégios - o negócio original. O caso mais simbólico deste novo posicionamento no Ceará é o Colégio Antares. A compradora, Salta (ex-Eleva Educação) é uma controlada de Gera, nascida em 2013, no Rio.
A incursão na plataforma de ensino de língua estrangeira foi uma tentativa até bem sucedida de Gera, contudo, avaliou-se que era hora de não prosseguir.
O negócio principal da Arco, sistemas de ensino, vai bem, diz Ari. Fala em crescer 20% até o ano que entra. De todo modo, tem uma frente que tem se destacado nas operações: a prestação de serviços financeiros e de gestão para escolas, com a Isaac.
A Arco Educação comprou 75,1% da startup por estimados na época, em 2022, US$ 150 milhões. "Hoje já responde por 25% da receita da Arco", conta Ari. Em suma, a empresa oferece aquilo que muitas escolas têm dificuldade de fazer: o dever de casa. Inclui a cobrança por meio da implantação de meios de pagamento.
No caso da compra da Edify, a operação ainda precisa do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o órgão antitruste do Brasil. Como é praxe em fusões e aquisições, os sócios-fundadores Bernardo Paiva e Marina Dalbem continuam na operação. Os valores não foram revelados.
Antônio Câmara, o fundador da construtora Cameron, cuja falência foi decretada após viver dias auspiciosos no mercado de Fortaleza, abriu uma frente de trabalho. Ele tenta rescindir sentença já com trânsito em julgado que consolidou a propriedade de um terreno em favor de uma cooperativa de crédito, por força de alienação fiduciária, em razão de débito existente. Câmara afirma ter prova nova e alega que, em desrespeito à Lei 11.101/2005 (Falências e Recuperação Judicial), todos os bens da empresa falida deveriam ter sido arrecadados para a Massa Falida, inclusive os que estavam em posse de terceiros. O terreno em questão é na esquina da Ana Bilhar com Delmiro Gouveia, na Varjota. Câmara aponta avaliação de R$ 13.400.000,00, enquanto o débito consolidado em favor da cooperativa seria de R$ 6.041.130,10, "gerando um excedente de mais de R$ 7 milhões, que não foi destinado à massa falida nem aos credores". Ele lista uma série de questionamentos ao leilão extrajudicial do terreno e procura fincar três pilares: tornar o terreno indisponível, anular o leilão e conseguir o benefício da justiça gratuita.
A partir de quinta-feira, 11, entra em vigor o Novo Marco Legal de Seguros, sancionado em 10 de dezembro de 2024. A Lei nº 15.040/2024 define obrigações e direitos, tanto dos clientes quanto das corretoras, seguradoras e corretores. Dentre as novidades, os contratos devem descrever os riscos e interesses que não estão cobertos de forma clara, inequívoca e em destaque; em caso de dúvida sobre a extensão da cobertura ou sobre qualquer termo contratual, a interpretação deve ser sempre a mais favorável ao segurado; seguradoras devem se manifestar sobre a aceitação ou recusa da proposta de seguro no prazo de 25 dias, a partir do recebimento da proposta. Caso não se manifeste formalmente no prazo, a proposta será considerada aceita. As corretoras não ficam eximidas. Ficam sujeitas à responsabilização judicial por falha no dever de informar o segurado. "O novo Marco Legal de Seguros coloca o Brasil na vanguarda da proteção dos segurados", diz o CEO da Wiz Co (WIZC3), Marcus Vinícius de Oliveira.
O Nordeste tem papel fundamental na prosperidade do País. Quem aponta é um relatório do Banco Mundial, o "Caminhos para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão". O trabalho descreve como a região pode desenvolver seu potencial e gerar empregos. São 54 milhões de habitantes. Destes, 80% em idade ativa. Em larga medida, os trunfos da região incluem o Ceará. Vejamos. O Nordeste é importante para a transição energética do Brasil, ao produzir 91% da energia eólica do País e 36% da energia fotovoltaica (solar). Esta energia serve de base para mirar oportunidades em setores emergentes, como o hidrogênio verde - um caso cearense, a propósito. O relatório também aborda estratégias para reduzir as desigualdades históricas. O Banco cita três frentes: empregos; melhoria do ambiente de negócios; e infraestrutura.
A Stellantis consolidou este ano a liderança no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves. Entre janeiro e novembro, registrou 29,4% de participação, com mais de 671 mil veículos emplacados, aumento de quase seis mil unidades em comparação com o ano anterior. Somente em novembro, foram comercializadas mais de 63 mil unidades, alcançando 28,4% de market share (fatia de mercado), avanço de 0,3 ponto percentual em relação novembro de 2024. A Fiat mantém a liderança, com 21% de market share e mais de 480 mil veículos vendidos no ano. A Fiat Strada é líder isolada, com mais de 13 mil unidades vendidas no mês. A família tem ainda Jeep, Ram, Citroën e Peugeot. Em 2026, entra com a Leapmotor, chinesa a ser montada em Pernambuco.
Mineirice - A Livraria Leitura inaugura na quarta-feira, 10, a sua 133ª unidade e sexta loja em Fortaleza, no North Shopping da Bezerra de Menezes. Tem 426 m². No shopping próximo, o RioMar Kennedy, já tem uma filial. A mineira Leitura é a última grande rede de livrarias do País.
Casarão - O tradicional Acender das Luzes do Casarão da Água Verde marca o início oficial do Natal com Arte 2025 "A Celebração da Vida", em Guaiúba. O casarão é aquela edificação majestosa às margens da CE-060 que outrora estava decadente.
Acreditação - O Hospital Geral Waldemar Alcântara (HGWA), da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), manteve a Acreditação em Excelência Nível 3, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). O HGWA é um dos 51 hospitais públicos brasileiros com a chancela.
Perto longe - A Defensoria Pública está de comando novo, Valquíria Fraemam, mas merecia também uma sede nova, no Centro. A sede principal fica na avenida Pinto Bandeira no Luciano Cavalcante. Está longe de ser um endereço conhecido e de acesso mais fácil do que a região central. Ok, tem núcleos no João XXIII e na Assembleia, mas é pouco.
Aeroporto 2026 - O BNDES aprovou R$ 4,64 bilhões para o plano de investimentos em ampliação, modernização e manutenção em 11 aeroportos administrados pela Aena: Congonhas, em São Paulo, é a jóia da coroa, agora espanhola. O aeroporto de Juazeiro do Norte (já ampliado e modernizado) não entra nessa conta.
Que dureza… - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) não terá expediente nesta segunda-feira, 8, Dia da Justiça. Tampouco o TRF-5 (Recife), para citar duas cortes. Está no artigo 62, inciso IV, da Lei 5.010/1966. É a mesma lei que prevê o seguinte: as férias dos juízes serão individuais e de 60 dias, gozadas de uma só vez, obedecida a escala organizada pelo Conselho da Justiça Federal. O feriado do Dia da Justiça está na Lei Federal nº 6.741/79.
Delas - A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de Fortaleza e a Secretaria da Mulher realizam nesta segunda-feira, 8, o evento Futebol Delas Contra a Violência, dentro da programação dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Velha guarda - A picape Ford F-1000 é o veículo dos anos 1980 mais procurado no Ceará em 2025, conforme levantamento do Webmotors Autoinsights. O estudo leva em consideração as buscas entre janeiro e outubro deste ano para os modelos fabricados entre 1980 e 1989. Na sequência vêm Fusca, Opala, Chevette, Monza, Bandeirante, D20, Fiat 147, Passat e Escort.
Drama - Pesquisa Serasa em parceria com a Silverguard e o Instituto Opinion Box mostra que quatro em cada dez idosos já foram vítimas de golpes financeiros, e quase metade sofreu ao menos uma tentativa recente. Segundo o estudo, entre os que já foram vítimas, 40% passaram por mais de um golpe, e 80% registraram perdas financeiras — em mais da metade dos casos, acima de R$ 1.000. Os danos, porém, vão além do prejuízo monetário: os entrevistados relatam frustração (29%), raiva (25%), medo (19%), vergonha (11%) e impactos na saúde, como ansiedade e insônia (16%).
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