Em meio a um ginásio com ingressos esgotados, o Chicago Sky superou o Phoenix Mercury de Diana Taurasi e conquistou o título da WNBA pela primeira vez na história da franquia. No início da temporada, o time de Chicago ganhou o reforço da ala-pivô Candace Parker, que, por sua vez, retornou à cidade onde foi criada. A jogadora construiu sua carreira no Los Angeles Sparks, e foi atuando pelo time da Califórnia que foi eleita duas vezes MVP — uma delas junto com o prêmio de caloura do ano, no ano em que estreou na liga —, seis vezes all-star, defensora do ano e campeã da competição em 2016.

Apesar do grande reforço, a trajetória não foi fácil para o time de Chicago, que chegou a perder sete jogos consecutivos durante um período de ausência de Candace por lesão no tornozelo e terminou na sexta colocação geral. O adversário, Mercury, também não conseguiu colocação muito melhor, terminando em quinto. Essa foi, inclusive, a primeira final disputada por times que terminaram nessas colocações.

O jogo que deu o título ao Sky foi com o roteiro que o fã de basquete conhece bem, com alternância de lideranças e decisão no último minuto. A queixa dos fãs da WNBA, no Brasil, ficou por conta da ausência da partida decisiva nos canais ESPN. Detentora dos direitos de transmissão, a rede restringiu a final ao serviço de streaming Star+, enquanto o canal principal, a ESPN 2 e a Fox Sports transmitiam a NFL.

LNB confirma jogos apenas para vacinados

Na NBA, a obrigatoriedade da vacina para disputa de jogos ainda é motivo de polêmica e nomes importantes como Kyrie Irving seguem relutantes. O armador afirmou, em live, que está ciente de que suas escolhas terão consequências. Por causa dessa posição, o jogador, que sempre foi envolvido em causas sociais, passou a ganhar apoio de nomes ligados à direita norte-americana, incluindo o senador Ted Cruz e Donald Trump Jr, filho do ex-presidente. Se a ciência ainda não apresentou motivos suficientes para convencer Kyrie a se vacinar, é surpreendente que ele acredite que uma opinião apoiada por nomes com os quais ele certamente não concorda seja boa para ele próprio e para a sociedade.

No Brasil, a Liga Nacional de Basquete (LNB) confirmou que os jogos só poderão ser disputados por atletas vacinados e, para isso, estabeleceu um protocolo que leva em consideração as etapas de vacinação em cada estado (vale lembrar que existem representantes de oito unidades federativas na disputa do maior campeonato de basquete do país).

Antes do início da temporada, que ocorre já no próximo dia 23, os times devem enviar o “status vacinal” dos atletas e do staff que estará presente nos jogos. Atletas com imunização incompleta ou não iniciada que ainda não tiveram a faixa etária contemplada pela vacinação em seu respectivo município também terão permissão para atuar, desde que cumpram o cronograma. Membros da imprensa também devem estar vacinados para realizar a cobertura dos jogos. Atitude acertada da liga, que perdeu muito ao precisar interromper a temporada de 2019/20, no auge da pandemia.