Em alta na Europa, Arthur Cabral segue marcando gols a cada partida pelo Basel. Com as atuações, o atleta tem chamado a atenção do mercado da bola e pode deixar a equipe suíça nesta janela de transferências. A Fiorentina é um dos clubes interessados no centroavante. O Ceará, que mantém 15% dos direitos econômicos do atleta, monitora a situação de olho nas cifras de uma possível transação, conforme apurou a coluna.

Por enquanto, a diretoria alvinegra não teve conhecimento de nenhuma proposta oficial apresentada ao Basel, mas está atenta às movimentações referentes ao jogador para agir quando necessário. 

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O Alvinegro nunca movimentou tanto dinheiro com um único jogador quanto Arthur Cabral. Cria das categorias de base do Vovô, o atacante foi vendido ao Palmeiras em 2018 por R$ 5,5 milhões. Na época, os dois clubes dividiram as porcentagens dos direitos econômicos do atleta de forma igualitária.

Em seguida, o centroavante foi vendido ao Basel pelo Alviverde por cerca de R$ 26,9 milhões, em 2020. Desta forma, o Ceará recebeu metade do valor. O clube suíço teria adquirido na negociação 70% dos direitos econômicos do atleta, no entendimento da diretoria alvinegra (entenda abaixo).

Os 30% restantes de Arthur ficaram divididos de forma igualitária entre Palmeiras e Ceará. Portanto, numa eventual venda do jogador, o Alvinegro tem direito a 15% dos valores envolvidos.

Desde que chegou ao Basel, em 2019, o centroavante já marcou 52 gols. Na atual temporada, ele tem impressionantes 14 gols e duas assistências em nove jogos.

Divergência entre Palmeiras e Ceará por direitos econômicos de Arthur
Caso se concretize a venda de Arthur Cabral, os valores da transação devem gerar discussão entre as diretorias de Ceará e Palmeiras. O Alvinegro tem o entendimento jurídico de ter direito à metade do que o Alviverde faturar numa transação do centroavante.

Já o Alviverde chegou a alegar que negociou os 100% dos direitos econômicos de Arthur ao Basel, mantendo 30% de mais-valia sobre uma futura venda.

Em entrevista ao O POVO no ano passado, o empresário do jogador, Luis Portela, explicou que o Palmeiras precisará repassar a parte do Ceará numa eventual transferência.

“O Palmeiras não agiu como era esperado pelo Ceará. Tinha que ter vendido 70% do jogador e dividir os outros 30% com o time cearense (15% Palmeiras e 15% Ceará), mas vendeu em 100% para o Basel e pegou um documento de mais valia, que descaracteriza direitos econômicos. Mesmo assim, eles vão precisar repassar o direito, caso contrário poderá travar vendas futuras”, disse Luis.