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Em dois meses, Marquinhos Santos fez sumir o trabalho de Dorival no Ceará
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Em dois meses, Marquinhos Santos fez sumir o trabalho de Dorival no Ceará

Em dois meses de trabalho, o treinador fez sumir tudo aquilo de positivo que Dorival Júnior construiu no Alvinegro antes de se transferir para o Flamengo
Técnico Marquinhos Santos no jogo Ceará x Fortaleza, na Arena Castelão, pela Copa do Brasil (Foto: Staff Images / Copa do Brasil)
Foto: Staff Images / Copa do Brasil Técnico Marquinhos Santos no jogo Ceará x Fortaleza, na Arena Castelão, pela Copa do Brasil

Marquinhos Santos deixou o comando do Ceará após a derrota no Clássico-Rei, no domingo, 14. Em dois meses de trabalho, o treinador fez sumir tudo aquilo de positivo que Dorival Júnior construiu no Alvinegro antes de se transferir para o Flamengo. A média de gols marcados despencou e a de sofridos aumentou.

Com Dorival Júnior, quando o Ceará viveu o seu melhor desempenho na temporada, a equipe balançou as redes 33 vezes em 18 jogos, com média de 1,83. Neste recorte, o Alvinegro sofreu 13 gols, média de 0,72.

No comparativo com Dorival, o Ceará sob o comando de Marquinhos Santos registrou queda de 45% na média de gols marcados e aumento de 22% na média de tentos sofridos.

MS deixou o Vovô após 17 partidas: seis vitórias, cinco empates e seis derrotas (45% de aproveitamento); 17 gols marcados e 15 sofridos.

Passagem marcada por desorganização do time em campo

Dentro de campo, a cada partida com Marquinhos, o Ceará ia perdendo os pontos positivos deixados por Dorival. A compactação entre os setores, triangulações no ataque, criação ofensiva afiada e eficiência para balançar as redes sumiram.

Após dois meses à frente do Alvinegro, Marquinhos não deu padrão tático, nem definiu esquema. Até um dos poucos acertos do treinador, - escalar Vina como meia centralizado -, o próprio comandante atrapalhou.

Em vez de apostar sempre na escalação de Vina como meia centralizado, Marquinhos ficava mudando o jogador de posição de uma partida para outra. Em alguns momentos como ponta, outros como falso 9.

O ataque foi o setor mais afetado. Nos últimos dois meses, foram raras apresentações organizadas. Com dificuldades na criação ofensiva, o escrete do Porangabuçu virava refém dos cruzamentos na área, que pouco ou nada acrescentavam no jogo.

No último Clássico-Rei da temporada, Marquinhos escalou mal e viu o time ser anulado pela organizada defesa do rival. Vina, mais uma vez fora da posição, não jogou nada. Em determinado momento do primeiro tempo, o volante Guilherme Castilho virou ponta direita.

Ao longo dos dois meses, o técnico irritou bastante a torcida alvinegra por escalações equivocadas. Com Marquinhos, o Vovô se tornou um time que jogava melhor no segundo tempo, quando o treinador consertava a equipe de saída.

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