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Resumo das modalidades já encerradas
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Resumo das modalidades já encerradas

Quatorze esportes encerraram disputas na marca de metade dos Jogos Olímpicos Confira os principais resultados e desempenho do Brasil

Chegamos à segunda e última semana da Olimpíada de Tóquio. Porém, algumas modalidades já tiveram suas competições finalizadas. Vamos a um resumo geral do que ocorreu em cada uma delas e avaliar a participação do Brasil.

Natação - Em piscinas foram 35 provas disputadas e 21 países conquistando medalhas. Os Estados Unidos levaram 11 ouros, contra 9 da Austrália e 4 da Grã-Bretanha. Os principais medalhistas foram o americano Caeleb Dressel com 5 ouros e a australiana Emma McKeon, com 4. Antes do início da Olimpíada, a expectativa brasileira era apenas uma medalha de Bruno Fratus nos 50 livres. Essa medalha ocorreu e a surpresa foi outro bronze de Fernando Scheffer nos 200 livres. O Brasil ainda teve Leo de Deus finalista nos 200 borboleta e Guilherme Costa nos 800 livres. Em relação a finais, a participação do Brasil podia ter sido melhor. 

Judô - Competindo em casa, esperava-se um domínio japonês. Mas foi além do esperado. De 15 ouros, os japoneses levaram 9. França e o pequeno Kosovo, dois. A surpresa foi a derrota japonesa para a França na prova por equipes. O Brasil piorou sua campanha em relação as duas últimas Olimpíadas. Em 2012 foram quatro medalhas, três em 2016 e agora apenas duas em 2020. Mayra Aguiar obteve seu terceiro bronze olímpico e Daniel Cargnin foi a boa surpresa com outro bronze.

Tiro com arco - Mais uma vez a grande potência da modalidade, Coreia do Sul, faturou 4 dos 5 ouros possíveis. A desconfiança de antes da Olimpíada de que o jovem time coreano feminino não suportaria a pressão não ocorreu. San An, de 20 anos, foi o grande destaque. Ela venceu o individual feminino, bateu o recorde olímpico na fase de classificação e ainda ajudou nas conquistas de duplas mistas e equipes. O Brasil obteve seu melhor resultado olímpico com Marcus D' Almeida terminando entre os 16.

Canoagem slalom - Nas quatro provas disputadas, quatro países diferentes foram ouro, todos que constavam entre os favoritos antes da competição: Benjamin Savsek, da Eslovênia e Jessica Fox, da Austrália ,no C1; Jiri Prskavec da República Tcheca e Ricarda Funk, da Alemanha, no K1. O Brasil tinha expectativa que Ana Satila brigasse por medalha nas duas provas femininas. Mas isso não ocorreu. Ela pegou final apenas no C1 e terminou em 10º lugar.

Esgrima - Como semprem muito equilíbrio na divisão das medalhas entre as principais potências do esporte. Apenas 13 países faturaram medalhas nas 12 provas disputadas. A Rússia foi o destaque com três ouros, todos no feminino. O Brasil contou com dois atletas e saiu sem nenhuma vitória. A campeã mundial Nathalie Moellhausen deu azar no sorteio e logo na estreia enfrentou e foi eliminada pela italiana Rossela Fiamingo, dona de dois títulos do mundo.

Remo - Nas 14 provas realizadas, a Nova Zelândia levou 3 ouros e a Austrália 2. Dezoito países faturaram medalhas. O Brasil só levou um atleta, mas ele conseguiu um resultado acima do esperado: Lucas Verthien no single skiff terminou entre os 12 melhores. O remo é um dos esportes que menos apresenta evolução no Brasil nos últimos 20 anos.

Rugby Sevens - Fiji, país de 880 mil habitantes, repetiu o histórico ouro de 2016 agora em 2020 no masculino e ainda levou bronze no feminino, vencido pela Nova Zelândia. O Brasil fez uma campanha pior do que o esperado no feminino. Terminou em penúltimo lugar com uma vitória sobre o Japão. O detalhe foi que sofreu 114 pontos em três jogos da fase de classificação, sendo massacrado por Canadá, França e Fiji.

Tiro - As competições terminam nesta segunda-feira; das 13 realizadas, 17 países foram medalhistas. Destaque para EUA e China com três. O Brasil teve um péssimo ciclo olímpico. Só classificou um atleta para Tóquio, Felipe Wu, que ficou longe de repetir o desempenho de 2016, quando foi medalhista de prata.

Surfe - A modalidade estreou em Tóquio e os favoritos foram os vencedores: o brasileiro Ítalo Ferreira e a americana Carissa Moore. A surpresa foi Gabriel Medina, líder do ranking mundial 2021, que terminou sem medalha.

Taekwondo - Um dos esportes mais democráticos do programa olímpico deu medalhas para 21 nações nas oito provas, incluindo Costa do Marfim, Jordânia e Macedônia do Norte. A pátria da modalidade, Coreia do Sul, terminou sem ouros, com uma prata e dois bronzes. A Rússia foi a única a obter dois ouros. O Brasil tinha três atletas que tinham sido medalhistas no mundial 2019, mas apenas Talisca Reis fez boa campanha e chegou a disputar o bronze, sem sucesso.

Tênis - O favorito no masculino Novak Djokovic foi um grande fiasco e terminou sem medalhas. Eliminado no individual, também não contribuiu com a Sérvia nas disputas de duplas, desistindo da decisão do bronze. Em cinco disputas de ouro, cinco países diferentes com campeões: Rússia, Croácia, República Tcheca, Suíça e Alemanha. O Brasil teve sua medalha mais inesperada no tênis. A dupla Laura Pigossi e Luisa Stefani entrou no torneio de duplas femininas com um convite na última semana antes do início, devido a desistências de outros países. E com uma campanha belíssima, com direito a várias viradas, terminaram com a medalha de bronze.

Triatlo - O destaque foi a vencedora do feminino, Flora Dufffy, com a primeira medalha de ouro da história de Bermudas. O Brasil disputou as provas masculina e feminina, mas nenhum atleta obteve posição entre os 20 melhores.

Ciclismo BMX race - Os brasileiros no masculino e feminino não eram cotados para terminar entre os oito melhores e isso ocorreu. No masculino, o campeão foi o holandês Niek Kiemmann, colecionador de medalhas em Copas do Mundo. No feminino, uma surpresa, com o ouro da britânica Beth Shriever. 

Ciclismo MTB - Uma das modalidades em que o Brasil poderia surpreender com a primeira medalha da história. Mas Henrique Avancini sequer terminou entre os 10 melhores. A Suíça levou ouro, prata e bronze no feminino. No masculino o britânico Tom Pidcock superou os favoritos holandeses e suíços.

 

Foto do Marcelo Romano

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