Pela 1ª vez, desde 1996 quando o vôlei de praia se tornou olímpico, o Brasil voltou sem medalhas de uma edição. Em Tóquio, nenhuma das 4 duplas conseguiu chegar sequer até a semifinal. No mundial 2019, o Brasil já havia ficado sem medalhas. Assim, já era esperado que as parcerias fossem desfeitas e o ano começa com novas duplas tentando recolocar o Brasil no topo da modalidade.

No feminino a principal aposta é a dupla Duda e Ana Patrícia, que estiveram em Tóquio com outras parceiras. Elas jogaram juntas e tiveram enorme sucesso nas categorias de base, com o bicampeonato mundial sub-21. Duda tem 23 anos e Ana Patrícia 24. É uma dupla que pode se tornar dominante por 2 ciclos olímpicos.

Já Rebecca, 28 anos, atuava com Ana Patrícia optou por uma companheira bem mais experiente: Talita, 39 anos e 3 Olimpíadas no currículo. Outras boas duplas serão as experientes Carol/ Barbara Seixas (campeãs do circuito nacional Open 2021), Tainá/ Victoria e Mafe/ Carol. No feminino a dupla mais forte no mundo é a americana campeã olímpica April Ross e Alexandra Klineman.

Entre os homens, a principal aposta é a dupla Álvaro e Evandro, que também estiveram em Tóquio com parceiros diferentes. Ambos são experientes no circuito e tem 31 anos. Venceram pós Olimpíada, o circuito brasileiro 2021. Evandro foi campeão mundial em 2017 com André. Já o campeão olímpico de 2016, Alison, se juntou a Guto. Outra dupla forte e que com os resultados antes da Olimpíada, poderia ter ido Tóquio é André e George. Vale prestar atenção em Vitor Felipe/ Renato. Outro campeão olímpico, Bruno Schmidt, 34 anos, atuará ao lado de Saymon

No masculino a tarefa dos brasileiros no cenário internacional é mais indigesta do que a das mulheres. Três duplas dominaram os pódios nas principais competições dos últimos anos e inclusive levaram as medalhas em Tóquio: os noruegueses Sol e Morum ( ouro olímpico), os russos Stoyanovskiy/ Krasilnikov ( campeões mundiais 2019) e os catari Ahmed/ Cherif.

A temporada do vôlei de praia terá várias etapas do circuito mundial. O principal evento será o mundial na Itália, em junho.

Nas duas últimas edições olímpicas, a Confederação Brasileira de Vôlei definiu com muita antecedência as duplas escolhidas, ao contrário do que ocorre com outros países. Vamos aguardar que para Tóquio, esse critério seja revisto.