Jornalista, colunista de Economia da rádio O POVO/CBN; Coordenador de Projetos Especiais do Grupo O POVO DE COMUNICAÇÃO; Co-Autor do livro '50 Anos de Desenvolvimento Industrial do Ceará' e autor dos 'Diálogos Empresariais', dois livros reunindo depoimentos de líderes empreendedores do Estado do Ceará
Uma peça publicitária, muito no estilo do tucano, foi produzida pela antourage e veiculada no circuito Rio/São Paulo
Os articuladores políticos de Tasso Jereissati colocaram seu bloco na rua como alternativa à terceira via para 2022. Que não é outra senão a escolha de um nome da confiança das lideranças das médias e grandes empresas do país e mais o mercado financeiro.
Uma peça publicitária, muito no estilo do tucano, foi produzida pela antourage e veiculada no circuito Rio/São Paulo. Com o tema PRESIDENTASSO, a mensagem inicial busca emocionar as pessoas com imagens da pandemia, para do meio em diante retumbar com versão do grande Gilberto Gil do tema "Aquele Abraço!" (Ver o vídeo que recebi de um amigo carioca).
Tasso desponta assim como, vamos dizer, o José Alencar de 2002, o avalista de Lula para o empresariado de que não haveria descaminhos; ou a alternativa representada por Jo Biden para os americanos. Na verdade, Tasso, como estilo, não é Alencar nem muito menos o prolixo e indeciso Biden, embora seja muito mais sereno hoje do que nos anos 80/90. Até lá, precisa continuar cuidando da saúde para, se topar a luta, sair em campanha.
Ceará é a via dourada
Como o empresariado e o mercado não topam nem Lula nem Jair, o que se vê são dois cearenses disputando as preferências da, digamos, "gold way", a via liberal e garantidora de que o modelo econômico segue. Tasso e Ciro leram o mesmo manual nos seus aprendizados políticos: um Brasil grande, protagonismo global, juros e inflação baixas, empresariado forte, educação em primeiro lugar. E, na medida do possível, melhores índices de distribuição de renda. Topas, mercado?
Bagunça geral
Para Severino Ramalho Neto, a inflação que ameaça desequilibrar a economia brasileira é resultado da bagunça geral ocasionada pela Covid-19 e que afetou as principais economias do mundo, da Ásia ao Canadá. Essa instabilidade ainda está instalada, me disse o presidente dos Mercadinhos São Luiz, e a saída está na "descompressão das cadeias produtivas" que termina por empinar os preços na ponta, isto é, aquela inflação percebida pelas famílias em seus orçamentos domésticos.
Mas essa não é a única razão, continua Neto. O setor de commodities gostou dessa pressão e ajudou no agravamento da crise. Foi forte a alta da indústria de embalagens e insumos importados sobre os preços dos alimentos. Outro fator narrado por Severino Neto foram os auxílios emergenciais aplicados pelas maiores economias, incluindo o Brasil, que estimularam o consumo e portanto inflacionando os preços pela demanda. Simples, assim.
Fazendo as contas
O Governador Camilo Santana deixou eufórico os setores do comércio e serviços, ao anunciar ontem projeto de lei que faz uma "rachadinha" nos salários de 20 mil trabalhadores dessas atividades, pagando a metade da folha durante seis meses.
Não disse a origem do dinheiro que vai aliviar as dores de cabeça dos empresários desses setores. Mas a Fazenda, com Fernanda Pacobahyba, está sendo boa provedora: os cofres do Estado arrecadaram no primeiro semestre 10% acima do planejado.
Acompanhem minha coluna na Rádio O POVO/CBN, nos seguintes horários: 9h50, 14h50 e 17h50. Valeu!
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