Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
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Os primeiros resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Covid 19), divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentam alguns dados que merecem uma reflexão: 1) o impacto avassalador no mercado de trabalho, com a restrição do acesso de 28,6 milhões de pessoas ao emprego em maio; 2) a estimativa de uma população ocupada de 84,4 milhões entre 24 a 30 de maio, com 8,8 milhões (ou 13,2% dos ocupados) trabalhando remotamente, o que era impensável até pouco tempo atrás.
O indicador possibilita algumas observações sobre a evolução do mercado de trabalho brasileiro no período. Uma delas é que a taxa de desocupação se manteve relativamente baixa e estável durante o mês (variou entre 10,4% e 11,4%). O percentual é explicado pelo número baixo de pessoas sem emprego, que pressionaram o mercado durante o período.
O Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), através de carta conjuntural assinada pelos consultores Marco A. F. H. Cavalcanti e Maria Andreia P. Lameiras, explica que muitas pessoas foram temporariamente afastadas fisicamente do local de trabalho, mas se mantiveram ocupadas. Ou seja: o trabalho remoto passou a exercer uma importância muito maior em diversas atividades produtivas.
Apesar da amostra da Pnad Covid ser considerada pequena e restrita apenas a um mês, os pesquisadores acreditam que alguns dados sugerem que o mercado de trabalho começa a responder com uma retomada, ainda que muito leve.
Ocupação
Os pesquisadores do Ipea lembram que esses resultados ainda não podem ser comparados com a Pnad Contínua, onde o nível da ocupação variou entre 49,4% e 49,9% durante o mês de maio. Os números sugerem ainda que, na primeira semana de maio, 14,6 milhões de pessoas passaram a retornar às suas atividades no País.
Abril
Na avaliação dos técnicos do Ipea, mesmo com o grau elevado de incerteza, o mês de abril foi o "fundo do poço" no que se refere às atividades econômicas; portanto, o pior momento já teria passado.
Balanço positivo
A Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) fez um balanço positivo da primeira semana da plataforma de crédito lançada pela instituição. A ferramenta teve mais de mil acessos para consulta aos bancos sobre taxa de juros e possibilidades de empréstimos. O presidente da Adece, Eduardo Neves, explica que o número representa a necessidade e o interesse dos empresários na aquisição de crédito. "Identificamos também acessos de empresários vindos de 17 municípios cearenses", acrescenta.
Juros 1
O corte da Selic, desta vez de 0,75%, anunciado ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, reduzindo os juros básico a 2,5% ao ano, representa uma boa notícia para quem pretende comprar imóveis ou carros. Esses dois setores ainda acompanham a movimentação das taxas oficiais. Infelizmente, os bancos têm resistido à redução dos juros, que permanecem caros para quem entra no cheque especial ou no rotativo do cartão. Nesses casos, os valores cobrados representam uma punição para quem não conseguiu controlar os gastos. No cheque especial, conforme o site do Banco Central, as taxas variavam entre 12,01% e 159,60 % ao ano.
Juros 2
Com a redução das taxas de juros, quem tem plano de previdência deve procurar saber como está a rentabilidade dos recursos aplicados. Alguns fundos, que cobram taxas administrativas altas, podem não conseguir remunerar bem os valores depositados ou até apresentar perdas.
Aeris
A Aeris, fabricante de pás eólicas instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, doou 8.750 EPIs e 2.080 itens de higiene pessoal e limpeza para a Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo do Amarante.
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