O trabalho de atração de investimentos para o Ceará não parou, apesar das dificuldades proporcionadas pela pandemia. Ontem, no O POVO Economia, o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico (Adece), Eduardo Neves, destacou que as reuniões com empresários continuam ocorrendo de forma remota.

Entre as áreas com potencial para a vinda de novas empresas está a de logística. Com o crescimento exponencial das vendas online e o aumento da demora para as entregas, alguns grupos estão criando unidades regionais para facilitar o envio das encomendas. Uma dessas bases está sendo negociada para o Ceará.

Neves ressalta que o Brasil não deixou de ser um País interessante e que ainda existem oportunidades. A vantagem do Estado, na avaliação do presidente da Adece, é que vinha sendo construída uma estrutura, através do Cinturão Digital e dos hubs aéreo e portuário, o que pode ajudar na vinda de novas empresas.

Adece

AGÊNCIA DE FOMENTO

A Adece se transformará em uma agência de fomento, podendo virar uma fintech no futuro. Eduardo Neves destaca que o processo é de médio prazo, podendo durar uns dois anos. A documentação está sendo preparada para ser encaminhada ao Banco Central.

Retomada

CALÇADOS E ENERGIA

Das 11 cadeias produtivas identificadas pela Adece, existem blocos de atividades que paralisaram e outros com mais chance de avançar no pós-pandemia, e as energias renováveis estão no grupo dos setores com maior potencial de crescimento. Outro segmento que chama atenção é o de calçados: a previsão era de, pelo menos, seis meses para a retomada da área calçadista, mas as empresas já sentem a melhora.

Hotéis

NOVAS ESTRATÉGIAS

O Sistema Fecomércio-CE promove quinta-feira um webinar para discutir a retomada da área hoteleira no estado. O evento é aberto ao público e será transmitido, a partir das 17 horas, pelo Youtube da instituição. Devem ser apresentadas novas ações, com apoio do Senac, para auxiliar nos protocolos de higiene e segurança sanitária.

Crescimento

PIOR QUE "PIBINHO"

O resultado da economia brasileira este ano nos faz sentir saudade do "PIBinho" de 2019. Hoje, o IBGE divulga os resultados do segundo trimestre, mas analistas antecipam que o País deve entrar oficialmente em recessão, com um recuo na economia de quase 10%. Embora o consumo tenha melhorado, a indústria e a área de serviços ainda precisarão de tempo para se recuperarem.

Pelas projeções do Ipece, o Ceará sentirá um recuo menor nos indicadores, o que não significa que também não perceberá os efeitos da recessão em várias atividades.

Indicador

NOVAS EMPRESAS

A boa notícia é de que, mesmo em meio ao caos, há gente nova nascendo, e empresas também. Pelo Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, foram abertas 219.749 mil empresas no Brasil somente em maio - esse crescimento foi de 12,8% em relação a abril, quando foram criados 194.882 novos negócios. O Sudeste concentrou o maior número de novas empresas (110.868), enquanto os números do Nordeste apontam 30.131 companhias abertas.

Estreia

ESTÚDIO O POVO

Hoje, a partir das 14 horas, estreia o Estúdio O POVO, novo programa da tarde da Rádio O POVO/CBN. O programa trata de economia, saúde e variedades.

Gráficas

CRESCIMENTO DA DEMANDA

As empresas do setor gráfico estão esperançosas com o início do calendário eleitoral. O presidente do Sindigráfica, Fernando Hélio, destaca que uma melhora na demanda já é percebida. O desafio está no fornecimento de matéria-prima: com o dólar alto, têm faltado alguns itens importantes, como papel e tinta utilizados no setor de embalagem.