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Auxílio menor, economia deprimida
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Auxílio menor, economia deprimida

Tipo Opinião
Paulo Guedes citou a criação de uma contribuição sobre transações digitais como forma de financiar a desoneração da folha de pagamentos (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil Paulo Guedes citou a criação de uma contribuição sobre transações digitais como forma de financiar a desoneração da folha de pagamentos

Quem passou ontem em frente a agências da Caixa Econômica se deparou mais uma vez com filas enorme de pessoas que tentavam sacar o auxílio emergencial de R$ 600 dado pelo Governo Federal ou alguma parcela do FGTS. Essa tem sido uma rotina comum no País, inclusive dentro de shoppings no coração da Aldeota que possuem unidades do banco.

Esse recurso tem ajudado 66,2 milhões de brasileiros e, até agora, tem mantido a economia girando e amenizando a queda do Produto Interno Bruto (PIB), que poderia ter sido muito maior que os 9,7% registrados pelo IBGE no último trimestre. A previsão para 2020 é de uma retração de 5%. Caso as expectativas se realizem, o País sofrerá uma perda de 7,6% em sete anos.

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O desembolso feito pelo Governo é expressivo e serviu como amortecedor dessa queda; mas o custo mensal do programa com o pagamento de R$ 600 chegava a R$ 50 bilhões. Certamente, boa parte desse dinheiro retorna na forma de impostos, arrecadados sobre o consumo, e contribuiu para que não se estabelecesse o caos em uma economia deprimida.

Cortar para R$ 300 o benefício, conforme foi anunciado ontem, representa diminuir a possibilidade de giro de recursos nas cidades, no comércio e na indústria; mas também afasta Jair Bolsonaro da zona de impeachment, como já foi alertado pelo ministro Paulo Guedes. Enfim, não deixa de ser uma escolha política manter o programa, mesmo que não seja com o benefício esperado.

Secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba
Foto: JOÃO FILHO TAVARES
Secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba

Agosto

ARRECADAÇÃO SUPERA EXPECTATIVAS

A arrecadação do Estado em agosto mostrou uma recuperação melhor do que estava prevista. A secretária de Fazenda, Fernanda Pacobahyba, explica que os números estão sendo fechados, mas não caíram e ainda superaram os valores registrados em agosto de 2019, que foi um ano muito bom. O resultado é atribuído ao retorno das atividades econômicas e ao crescimento de setores importantes, como combustíveis e energia elétrica. "É um momento de esperança", ressalta ela.

A pandemia acelerou grandes processos dentro da Sefaz. A plataforma, segundo a secretária, tem ajudado a resolver quase todos os problemas sem precisar se deslocar até à instituição - a meta é uma transformação digital que permita todos os processos de forma remota.

Imóveis

RETORNO DOS LANÇAMENTOS

O presidente do Sinduscon, Patriolino Dias de Sousa, também acredita em uma melhora considerável da área imobiliária neste semestre. Ele lembra que as empresas saíram de uma crise com distratos e juros altos (Selic a 14%), na qual não havia sinais de lançamentos. "Atualmente, com a Selic de 2%, faz sentido voltar", reforça. O empresário destaca que muitos investidores se decepcionaram com o mercado da bolsa de valores e voltaram a aplicar na compra de imóveis. Assim, o setor ganha motivação para fazer novos lançamentos.

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Melhora

OBRAS PESADAS

Empresas que atuam com maquinários pesados utilizados na construção de grandes obras também renovaram suas esperanças, apesar do PIB ruim. Luiz Antonio Trotta Miranda, diretor financeiro da DCDN, diz que está confiante com a retomada das atividades. A empresa completa 37 anos agora, está presente no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, e conseguiu bater em agosto sua meta anual de vendas.

TV OPOVO

SAÚDE FINANCEIRA

Vai ao ar hoje, às 17 horas, na TV O POVO, o segundo programa do especial Saúde Financeira, realizado pela Fundação Demócrito Rocha (FDR). O projeto conta, também, com webcontents, cadernos especiais e webdoc. O material traz orientações sobre como a educação financeira pode colaborar na realização de projetos. Todo o conteúdo estará disponível em fdr.org.br/saudefinanceira.

Cabaña Del Primo

PLATAFORMA DE DELIVERY

O restaurante Cabaña Del Primo lançou site próprio de delivery, com cardápio assinado pela chef Louise Benevides. A expectativa é de que a plataforma reúna toda a operação de pedidos para delivery dos restaurantes do Grupo Geppos.

Foto do Neila Fontenele

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