O final de semana prolongado pelo feriado de 7 de Setembro - o primeiro feriadão com hotéis abertos desde o início da pandemia do novo coronavírus - criou duas realidades: a do litoral próximo à Fortaleza e a da Capital.

Os hotéis do Interior estão com demanda em torno de 85%; os de Fortaleza, com uma média de 30%. A baixa procura na Capital tem várias explicações. O presidente da ABIH-CE, Régis Medeiros, ressalta dois problemas: 1) a queda do número de voos, o que gerou grande gargalo para quem quer viajar de avião; e 2) a ausência de grupos que se organizavam para viagens vindo de cidades como Belém e Manaus.

A questão mais grave é a primeira: como boa parte dos turistas que procuram Fortaleza saem das regiões Sul e Sudeste, ficou mais difícil chegar ao Ceará, seja pela falta de oferta de voos, seja pelos preços que ficaram mais elevados.

Ontem, houve reunião da direção da ABIH com operadoras de turismo para discutir o assunto, e está sendo agendado um encontro com o secretário Arialdo Pinho para buscar soluções.

"O retorno dos voos é fundamental", diz Régis Medeiros. Em outubro, volta a Air France, que tem parceria com a Gol, e a expectativa é de que haja um retorno gradual. Mais uma vez, será necessária uma ação forte do Estado para impulsionar essa retomada.

Veja mais | https://www.facebook.com/opovocbn/videos/320027079441714/

Hotéis

NOVAS ESTRATÉGIAS

Os hotéis de Fortaleza buscam estratégias para manter a ocupação e atrair visitantes vindos do Interior e de estados vizinhos. Segundo Régis Medeiros, houve uma redução de preços significativa, o que gera preocupação: "Esse tipo de ação não é sustentável", reforça.

Enquanto isso, os estabelecimentos de praias vizinhas a Fortaleza, ou consideradas referências no turismo, começam a perceber uma retomada. "Esse é um momento para trabalhar e se colocar no mercado", afirma ele.

Fortaleza

RAIO DE INFLUÊNCIA

O advogado Rômulo Alexandre, Organizador do Ceará Global, é um otimista em relação às possibilidades do Ceará, principalmente no tocante ao comércio estrangeiro. Em sua avaliação, apesar das dificuldades do momento, Fortaleza pode se estabelecer como uma das grandes metrópoles do Atlântico, através de relações internacionais com os países de língua portuguesa. Ontem, durante entrevista ao jornalista Cliff Villar, no programa Vamos Agir, ele lembrou o raio de influência da capital.

Pelos dados do IBGE, Fortaleza tem influência sobre uma população de 20 milhões de pessoas do Norte e Nordeste do País. "Isso representa mais de duas vezes a população do estado", reforça.

Angola Cables

RESULTADO POSITIVO

A multinacional Angola Cables comemorou um ano do funcionamento do seu Data Center em Fortaleza. Em entrevista ao O POVO Economia da rádio O POVO/CBN, o CEO da empresa, António Nunes, considera o resultado bom. "Esse foi um ano atípico, e estamos todos tentando entender esse novo normal. Os resultados foram menos do que gostaríamos, mas foi positivo".

Veja mais | https://www.facebook.com/opovocbn/videos/711268919459320/

TV

O POVO ECONOMIA

O POVO Economia desta semana entrevista o gerente de Lazer e Turismo da Casablanca, Paulo Neto; o professor e consultor Paulo Elias; o diretor da Ramalho Têxtil, Emílio Ramalho; e o presidente do Sindigráfica, Fernando Hélio. O programa será exibido segunda-feira, às 18 horas, na TV O POVO/Futura.

Cenário

SEMANA DE EMOÇÕES

A semana foi de emoções na economia, com a confirmação da queda de 9,7% do PIB do último trimestre; a redução para R$ 300 do auxílio emergencial dado pelo Governo Federal; e o envio ao Congresso de parte proposta de reforma administrativa, extinguindo promoções automáticas, aumentos retroativos e licenças-prêmio. Tudo indica que esse será apenas um começo de processos de ajustes que devem interferir no volume de capital circulante no mercado.