Olançamento de novas ações na Bolsa de Valores chamou atenção no primeiro semestre de 2020, em função da quantidade de operações realizadas; mas esse ânimo não foi seguido na área de fusões e aquisições.

Levantamento feito pela consultoria KPMG revelou leve queda de 2,6% neste ano em relação ao primeiro semestre de 2019. Foram realizadas 38 operações de fusões e aquisições no Nordeste; no ano passado, durante o mesmo período, ocorreram 39.

A redução foi puxada principalmente pelos estados do Ceará, Piauí e Bahia. Nos primeiros seis meses do ano passado, o Estado fechou seis negócios de fusão e aquisição. Em 2020, apenas duas empresas conseguiram finalizar os contratos. Na Bahia, foram 17 negócios em 2019, caindo para 10 este ano; e, no Piauí, a redução foi de quatro para três. Em todo o Brasil, 514 fusões e aquisições de empresas foram fechadas de janeiro a junho deste ano.

Dos estados nordestinos, quem se deu bem nessa área foi Pernambuco, saltando o volume de negócios de seis para 17 com transações, com empresas de tecnologia da informação, educação, energia, internet, saúde e transportes.

O sócio da KPMG responsável por Clientes e Mercados nas regiões Norte e Nordeste, Paulo Ferezin, explica que a queda foi relativamente pequena, apesar dos efeitos da pandemia na economia do Nordeste.

Negócios

PARCERIAS NO MERCADO

Em entrevista à coluna, Paulo Ferezin analisa o movimento de busca de liquidez do mercado através de operações no mercado de capitais. "Algumas companhias buscam fundos de investimentos para a expansão da companhia", ressalta. Embora esse movimento tenha sido, para muitas empresas, uma porta para o seu amadurecimento e para o lançamento de ações na bolsa, as parcerias com os fundos não representam uma condição indispensável nesse processo de abertura de capital.

Tecnologia

30% DAS FUSÕES

O momento de pandemia abalou a solidez de muitas empresas, impedidas de faturar durante o período de maio a junho, considerado o pior momento da crise sanitária no País. Paulo Ferezin destaca que isso fez com que muitas companhias buscassem recursos de longo prazo. Apesar da situação difícil, o executivo afirma estar otimista, acreditando numa abundância maior de recursos no mercado.

Essa situação tem feito alguns setores ganharem mais. A área de tecnologia, por exemplo, representou 30% do volume de fusões e aquisições de empresas no mundo. "Acho que a tendência agora é de ampliação nessa área", acrescenta.

Geração Família

RETOMADA DA ECONOMIA

O superintendente de Microfinanças e Agricultura Familiar do Banco do Nordeste, Antônio Jorge Pontes Guimarães (foto), é um dos palestrantes do Seminário Geração Família. Ele vai falar sobre o tema "Apoio à retomada da economia", durante a terceira edição do evento.

Realizado pelo O POVO, o encontro on-line é gratuito e ocorrerá dia 28 de setembro, das 18 horas às 21 horas. Os interessados podem efetuar a inscrição pelo site especial.opovo.com.br/geracaofamilia/

TV

O POVO ECONOMIA

O POVO Economia desta semana entrevista o presidente do Ibef-CE, Luiz Trotta; o professor Wandemberg Rodrigues; e os empresários Vicente Neto e Leonardo Mota. O programa será exibido segunda-feira, às 18 horas, na TV OPOVO/Futura.

Fecomércio

DIÁLOGO SOBRE AÇÕES JUDICIAIS

A assessoria jurídica do Sistema Fecomércio esteve reunida com representantes regionais da Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN). Objetivo? Abrir diálogo sobre ações judiciais em que as empresas pretendem limitar o valor de contribuição para o Sistema S a 20 salários mínimos. Atualmente, esse valor é de 2,5% em cima da folha de pagamento, o qual é dividido entre Sesc (1,5%) e Senac (1%).