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Varejo cearense puxa indicador positivo do Nordeste
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Varejo cearense puxa indicador positivo do Nordeste

Tipo Opinião

O varejo nacional voltou a desacelerar no mês de setembro. Depois de uma fase de recuperação constatada nos últimos quatro meses, foi verificada uma leve queda de 0,8%. O dado é considerado um ajuste sazonal e reflete o movimento de segmentos como supermercado e de materiais para escritório, que cresceram durante a crise.

O número foi revelado pelo IGet, Índice do Departamento Econômico do Santander, que analisa o desempenho do comércio varejista brasileiro com base nas transações de pagamentos de mais de 200 mil estabelecimentos clientes da Getnet, empresa de tecnologia do Banco especializada em soluções digitais de meios de pagamentos.

No caso do Ceará, as coisas são um pouco diferentes. O Estado obteve um crescimento de 2,3% em setembro, segundo o indicador. O economista do Santander Brasil, Lucas Maynard, informou à coluna que o Estado tem puxado a recuperação do Nordeste, perdendo apenas para Pernambuco, com crescimento de 20%, em relação ao marco pré-crise, que é fevereiro.

"Com relação ao marco pré-crise, o Estado está 12,9% acima da leitura de fevereiro e é vice-líder na região", reforça.

Consumo

GASTOS COM ALIMENTAÇÃO

Lucas Maynard ressalta ainda que os números positivos do Ceará fazem todo o sentido. "Parte do grupo que recebeu parcela do auxílio emergencial tinha maior propensão ao consumo e costuma gastar bem com alimentação. Além disso, o maior tempo passado em casa, devido ao lockdown, estimulou gastos com reformas e com a manutenção do ambiente doméstico". Diante disso, subiram as vendas de alimentos, móveis, eletrodomésticos e materiais de construção.

Clara Germana
Foto: Divulgação
Clara Germana

Contas dos candidatos

PRAZO DE APRESENTAÇÃO COMEÇA HOJE

Os candidatos devem ficar atentos aos prazos para as prestações de contas. A partir de hoje, e até o próximo dia 25, é preciso a apresentação parcial dos gastos das campanhas efetuados até ontem. A conselheira do Conselho Federal de Contabilidade, Clara Germana Torquato, explica que a Justiça Eleitoral normalmente é minuciosa, faz o cruzamento de dados com outros órgãos e exige todas as notas fiscais. Portanto, é importante não deixar para a última hora. A entrega dos balanços é obrigatória. 

Apimec Brasil

PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO

A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec) apresentou o seu projeto de reestruturação. Conforme a coluna havia antecipado na edição de sábado, ocorrerá a união por incorporação do Sistema Apimec, que será constituído pela Apimec Brasil e pelos escritórios regionais. Essa importante mudança será efetuada em duas etapas. Será garantida, no processo e ao final, a separação operacional e financeira da autorregulação na atual Superintendência de Supervisão do Analista-SSA.

Unicef

19 NOVOS DESAFIOS

O Brasil tem grandes desafios causados pela pandemia do coronavírus. Ontem, durante o programa Vamos Agir da Rádio O POVO/CBN, o chefe do escritório do Unicef em Fortaleza, Rui Aguiar, alertou para questões importantes: 1) a necessidade de universalização da Internet; 2) a criação de uma renda mínima para os mais pobres; e 3) o acesso à saúde mental como um direito de todos os cidadãos.

Apesar das estratégias de alfabetização das crianças a distância, sabe-se do impacto da pandemia sobre o processo de educação e sobre as medidas protetivas daqueles que sofrem violência doméstica e abuso sexual. Por essa razão, o Unicef lançou 19 desafios para prevenção e manutenção dos cuidados com a vida. "Milhares de pessoas nasceram e não foram registradas; milhares não foram acompanhadas durante a puericultura (primeiras consultas); e crianças com deficiência física ficaram sem receber estimulação".

Impostos

DE OLHO NAS TECHS

Há um movimento global para a tributação das grandes empresas de tecnologia. A França saiu na frente e começará a cobrar impostos de companhias de tecnologia norte-americanas. No Brasil, dois projetos correm em paralelo, de olho em uma arrecadação bilionária.

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