Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Um dos esportes favoritos dos brasileiros é falar das dores de nossas tragédias políticas. Nossa história de decepções é longa: do Império ao século XXI, lamentamos a nossa sorte, com conhecidos exercícios de estupidez em todas as áreas. A economia certamente foi um dos segmentos mais atingidos, com disputas de interesse, elevada concentração de renda e um complexo de vira-lata quase imobilizante.
O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, fez uma análise dos ciclos econômicos nos quais o Brasil quase chegou a fazer parte do clube dos integrantes do chamado Primeiro Mundo. No livro: "Lições Amargas: uma história da atualidade", recém-publicado pela editora História Real/Intrínseca, o economista exercita o desejo de ser historiador.
Com um texto fluido, faz a narrativa do que considera as cretinices e idiotices da economia nacional; defende o consenso de Washington, as reformas administrativas e tributárias; e ressalta o custo dos adiamentos das mudanças.
Ele esqueceu, porém, de falar das marcas da pobreza, que não são apenas econômicas, mas também sociais e psicológicas, e da falta de uma boa educação básica. Repetiu um olhar antigo (apesar de suas sofisticações) bem melhor do que o "xamanismo econômico" do governo atual, mas que ainda não consegue ver quem vive a realidade do País.
O consenso de Washington, como diz Franco, poderia ter "acontecido em Aracaju". Certamente poderia; a questão não é o lugar, mas quem impõe as regras. O problema é nossa eterna submissão aos fluxos de capitais, com poucas soluções próprias, como foi o Plano Real.
O empresário Luiz Gastão Bittencourt, retornou à presidente do Sistema Fecomércio- Ceará. Em entrevista à coluna, falou dos projetos para o segundo semestre.
Como será essa nova fase da Fecomércio e quais os desafios com a terceira onda da Covid?
Luiz Gastão - Precisamos buscar alternativas para conviver com a pandemia, buscando criatividade e formas de preservar a saúde de todos, e oferecendo segurança ao público e aos trabalhadores, mas sem ficar recorrendo ao lockdown com tanta frequência. Vamos buscar determinar horários diferenciados de atendimento para diminuir os fluxos, por exemplo? A Fecomércio está desenvolvendo várias análises técnicas desse último período: temos um material bem robusto e queremos oferecer alternativas, dialogando com os governos e assim criar novas condições de reaquecer a atividade produtiva.
Quais são os projetos da Fecomércio para o próximo semestre?
Luiz Gastão - Estamos fazendo uma reformulação no Sistema Fecomércio, que já inicia agora em junho, de estrutura e de pessoas também. Mas a nossa prioridade será buscar ações e mecanismos para fortalecer as empresas do comércio de bens, serviços e turismo que compõem nossa base de representação. Já estamos realizando parcerias, com o município de Fortaleza e com o governo do estado, de recuperação de empresas e de atendimento a empresas, para as quais vamos lançar programas direcionados.
Há negociação para setores específicos, como o turismo?
Luiz Gastão - Temos propostas de revitalização para os setores mais atingidos, com prioridade para o setor de eventos, um dos mais afetados pela pandemia. Entendemos que nada impede que possamos realizar, por exemplo, eventos híbridos, parte presencial, parte por videoconferência, ou criar exposições que permitam agendamento de pessoas, com controle desse fluxo e dos acessos. Se os shoppings estão abertos e é possível andar e ver vitrines, porque não é possível ir ao Centro de Eventos para uma exposição de produtos? Nosso dever é oferecer uma visão criativa e proativa para restabelecer o funcionamento das atividades do estado, logicamente oferecendo alternativas e segurança para essas soluções.
TV
O POVO Economia desta segunda-feira entrevista a presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc-CE), Enid Câmara; a empresária Valéria Cavalcante; o analista do Sine/IDT, Erle Mesquita; o diretor do Sicredi Ceará, Marcos Aragão; e o coordenador do Fundamental Anos Finais do Colégio Darwin, Kleylson Queiroz. O programa será exibido na segunda-feira, às 18 horas, na Canal FDR/Cultura.
O sócio-fundador da in3 New B, Haroldo Rodrigues, preparou algumas dicas de ESG (governança ambiental, social e corporativa).
O dólar, nesta semana, entrou na contramão do mercado externo. Nos Estados Unidos, a preocupação é com a inflação (alta de 3,6%). No Brasil, as notícias ruins proliferam, além da velha batalha entre compradores e vendedores. O sócio e economista da VLG Investimentos e professor da FIA, Leonardo Milane, analisou o comportamento do câmbio:
"Semana de queda forte para o dólar, influenciado principalmente por conta do cenário político. No Senado, principalmente, está em tramitação a privatização da Eletrobras e, na Câmara, o presidente Arthur Lira está muito focado em falar sobre a tramitação das reformas tributária e administrativa. Isso contribuiu para uma menor aversão a risco e o Real, que ainda está atrasado em relação a outras moedas emergentes contra o dólar, acabou ganhando valor. Foi uma semana bem relevante: de 5,37, quase 5,40, o dólar fechou mais perto dos 5,20", ressaltou.
A pessoa não estúpida sempre subestima o poder destrutivo dos indivíduos estúpidos, sempre erra ao interagir com eles, que são os piores tipos, mais perigosos que os vigaristas, pois são erráticos e irracionais"
Carlos Cipolla, professor de história econômica da Universidade da Califórnia e autor do livro "As Leis Fundamentais da Estupidez Humana"
Turismo - O secretário de Turismo de Fortaleza, Alexandre Pereira, participa segunda-feira, em Brasília, de reunião com o ministro do Turismo, Gilson Machado, sua equipe técnica, e representantes da pasta em todas as capitais do País. Na terça, o encontro será com o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz. Objetivo: planejar a retomada do turismo e da economia.
Doação - A Usina da EDP destinou R$ 300 mil para o combate à segunda onda de Covid-19. Fará doação de 1.800 cestas básicas e de mais equipamentos e cilindros de oxigênio, por meio da Secretaria de Saúde (SESA) e Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS).
Mayú - O restaurante Mayu, do Senac Reference, reabriu para o horário do jantar. A fim de atrair os clientes, depois do período de restrições de horário, lançou um novo menu, assinado pelos chefs Ivan Prado e Diego Freire.
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