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Ceará aproveita cabos submarinos como estratégia no mundo digital
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Ceará aproveita cabos submarinos como estratégia no mundo digital

Ceará deve fechar o ano com 18 cabos submarinos
Tipo Opinião
Obras de escavação para a instalação dos cabos submarinos de fibra óptica na Praia do Futuro (Foto: Fábio Lima)
Foto: Fábio Lima Obras de escavação para a instalação dos cabos submarinos de fibra óptica na Praia do Futuro

O Ceará receberá mais dois cabos submarinos até o final do terceiro trimestre deste ano. Os investimentos estão sendo realizados pelas empresas South Atlantic Express (SAEx), que conectarão quatro continentes (América do Norte, América do Sul, Ásia e África).

O projeto foi oficializado em 2018 pela SAEx International Ltda. e pela Alcatel Submarine Networks, uma subsidiária da Nokia, e agora se aproxima de ser transformado em realidade. Com o fechamento desses dois projetos, Fortaleza terminará o ano como um entroncamento de 18 cabos submarinos.

O secretário-executivo de comércio, serviço e inovação da Sedet, Júlio Cavalcante, é um entusiasta dos projetos. Ele conta que empresas internacionais buscam o Ceará há 20 anos, mas esses cabos poderiam ser apenas vias de passagem.

A sorte do estado veio do alinhamento de propostas dos governos ao longo dos anos, que priorizaram a conectividade, trabalhando com políticas complementares. A estrutura, agora, faz parte da estratégia de crescimento do mundo digital.

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Negócios 

ESTADO QUER FOMENTAR STARTUPS

A pandemia mostrou a necessidade de cabos para melhorar a conectividade e fazer a diferença na formação e manutenção de negócios. O Ceará leva algumas vantagens: além das conexões internacionais, o estado tem 80 quilômetros de fibra óptica indo para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Segundo Júlio Cavalcante, essa conectividade também está garantida no interior através do Cinturão Digital. Com essa estrutura, o governo espera agora fomentar a criação de startups em oito clusters no estado inteiro.

Diante dessa realidade que se desenha, o Ceará finalmente amplia a sua política de negócios, que não se restringe mais à atração de investimentos, pensada na década de 1970, onde as âncoras de desenvolvimento eram a siderúrgica e a refinaria. Demoramos para entrar no século XX e também no século XXI, mas parece que temos pelo menos parte da estrutura agora.

PIB do Ceará

RESULTADO PODE FICAR ABAIXO DO PAÍS

O Ipece divulgará, até a segunda quinzena de junho, os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará no primeiro trimestre. Até agora, a avaliação leva a um resultado inferior ao índice nacional.

Eis alguns pontos levantados pelo diretor-geral do órgão, José Mário de França, que podem influenciar nos dados comparativos: 1) o Ceará saiu de uma base de comparação superior à do Brasil no ano passado; 2) em março, foram implantadas medidas fortes para conter a pandemia no estado, acima da média nacional, o que pode resultar em indicadores mais lentos de recuperação da economia.

Apesar disso, a previsão de crescimento do PIB do Ceará agora é de 3,5%, contra projeções entre 4% e 5% no Brasil. Esse número no estado ainda passará por revisão, mas a perspectiva é de um indicador positivo, apesar de tudo.

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CIC

VACINAÇÃO NA INDÚSTRIA

Os trabalhadores da indústria de Fortaleza começam a ser vacinados hoje contra a Covid-19. São aproximadamente 318 mil pessoas no setor, das quais 108 mil somente em Fortaleza. "Nada mais justo do que aplicar mais essa segurança para que continuemos produzindo", reforça o presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), Marcos Soares.

Guará

LOJA COM CONCEITO NOVO

O supermercado Guará segue em ritmo de expansão. No próximo dia 10, inaugura nova loja no bairro Jóquei Clube. A unidade terá área de venda de 1.150m2, e atuará no desenvolvimento de empreendimentos do tipo Open/Strip Mall (lojas agregadas ao supermercado). O grupo também tem obras em andamento para inauguração de novas lojas nos bairros Luciano Cavalcante e De Lourdes.

IBGE

QUEDA DA PRODUÇÃO

Mais uma vez a produção industrial nacional registra queda: houve um recuo de 1,3% em abril em relação a março, segundo o IBGE. Entre as atividades em queda, estão produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,5%), e produtos alimentícios (-3,4%), os quais eliminaram o ganho de 3,3% acumulado nos três primeiros meses do ano.

Uma das leituras que podem ser feitas para esse desempenho é o efeito do período em que não houve o pagamento do auxílio emergencial, refletindo na queda na compra de insumos da população. O dado reforça a relevância dessas medidas compensatórias para toda a economia.

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