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Por onde reativar a economia cearense?
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Por onde reativar a economia cearense?

Tipo Opinião

A retomada da economia após a pandemia do novo coronavírus terá de ser gradual e planejada. No caso do Ceará, equipe do governo criou uma matriz econométrica para a formação de critérios: foi analisada a lista de Classificação Nacional de Atividades Econômica (Cnae), avaliando matematicamente quem fica no começo ou no fim desse retorno.

Ontem, em entrevista ao O POVO Economia da Rádio O POVO CBN, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Francisco Maia Júnior, reforçou que o governador Camilo Santana anunciará um plano, para a reativação da economia, condicionado aos indicadores de saúde.

Ainda não é possível afirmar quem estará na primeira fase dessa retomada, mas constarão na lista as atividades que envolverem menor risco sanitário, sendo analisado o poder de cada setor para a criação de aglomeração humana e a tração econômica.

A construção civil é a atividade que mais pressiona o governo para voltar às suas atividades - apesar disso, não há garantia de que esse segmento entrará nesta primeira fase.

FORTALEZA, CE, BRASIL, 06-12-2019: Maia Junior, secreario do Governo do Ceará. (Foto: Mauri Melo/O POVO).
FORTALEZA, CE, BRASIL, 06-12-2019: Maia Junior, secreario do Governo do Ceará. (Foto: Mauri Melo/O POVO).

Empregos

PESO DO SETOR PÚBLICO

O secretário Maia Júnior ressalta: 75% das atividades econômicas do Estado permaneceram funcionando desde o primeiro decreto que estabeleceu o isolamento social, o que representa 60% dos empregos formais do Ceará.

Na visão do secretário, houve um equívoco de entidades da indústria, que não colocaram o peso do setor público nos cálculos sobre a paralisação da economia, responsável por 25% do PIB do Ceará e por cerca de 400 mil empregos.

Sudene

PLANOS DE INCENTIVO

O fim do isolamento consiste na retomada de aproximadamente 600 mil postos de trabalho, mas de forma gradativa. Um plano de retomada está sendo discutido pelo Ceará, junto com a Sudene e com a equipe econômica do Governo Federal.

O Estado possui alguns planos de incentivos às empresas que constam no programa Ceará Veloz, e há ainda o projeto Ceará 2050, que deveria ter sido lançado em março. Também foram atendidas mais de 10 demandas apresentadas por representantes do setor produtivo, mas o adiamento do recolhimento do ICMS ficou de fora.

Impostos

QUEDA DA ARRECADAÇÃO

O governo sentiu a queda da arrecadação de ICMS nos últimos dois meses. Em abril, a redução foi de 25%, com projeções de uma receita menor para o mês de maio. Apesar disso, há otimismo com a retomada da economia cearense, em função do histórico dos últimos 30 anos na atuação dos governos. O desafio é restabelecer o consumo, principalmente diante da redução da renda da população e dos novos hábitos que estão sendo desenvolvidos.

Novo cadastro

QUANTIDADE DE POBRES

Diante do cenário de crise, os governos têm procurado atuar em dois pontos centrais, saúde e assistência, e a quantidade de pobres em todo o País tem surpreendido. Com o cadastro de assistência emergencial criado pelo Governo Federal, a quantidade de pobres no País deve ser atualizada.

No Ceará, os números serão estudados; até recentemente, as estatísticas seguiam a classificação do Banco Mundial que estimavam o Estado apresentar de 10% a 12% da população na linha de pobreza.

Fajece

PROPOSTA PARA RETOMADA

A Federação das Associações dos Jovens Empresários do Ceará (Fajece) também apresentou uma proposta para a ativação da economia ao governador Camilo Santana e ao prefeito Roberto Cláudio. Dentre as medidas sugeridas estão: a flexibilização do horário de deslocamento; a aferição da temperatura corporal; e a extensão do home office para aqueles que têm condições de trabalhar nesse tipo de regime.

Cia. Docas

CRESCIMENTO DE RESULTADOS

A Companhia Docas do Ceará (CDC) publicou, no seu balanço de resultados, o Plano Estratégico para o período entre 2020 e 2024, com o objetivo de manter a sustentabilidade do seu desempenho. Em 2019, o indicador EBITDA (lucros antes de juros) da empresa alcançou a cifra de R$ 3,33 milhões, o maior dos últimos cinco anos, superando em 181,96% o resultado de 2018.

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