A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO
A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO
* desde 1928: As notícias reproduzidas
nesta seção obedecem à grafia da
época em que foram publicadas.
Em seu primeiro pronunciamento depois da reeleição, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, 58, falou ontem sobre o Iraque, o Afeganistão e a guerra contra o terror. Bush declarou em Washington que vai lutar para promover a democracia nesses países e afirmou para uma platéia que gritava "mais quatro anos": "Com bons aliados, vamos lutar essa guerra contra o terror para que nossos filhos possam viver em liberdade e em paz". Dirigindo-se aos eleitores do adversário do Partido Democrata, John Kerry, 60, Bush afirmou: "Farei tudo para merecer sua confiança. Quando nos unimos e trabalhamos juntos, não há limite à grandeza dos Estados Unidos". O vice-presidente Dick Cheney lembrou, em seu discurso, o número recorde de comparecimento à eleição deste ano. Calcula-se que entre 58% e 60% dos cerca de 150 milhões de eleitores votaram neste ano e comemorou a vitória republicana também no Legislativo. Ohio tornou-se o grande fator de disputa entre Bush e Kerry na corrida à Casa Branca. O impasse se deu por causa de 250 mil cédulas provisórias, emitidas aos eleitores que tiveram a validade de seus registros contestada, que se transformaram na chave definitiva para encerrar a eleição e dar nome ao novo presidente dos EUA.
4 de novembro de 2004
Lula ressalta 2 democracias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou de Brasília mensagem de cumprimentos a Bush pela reeleição como presidente dos Estados Unidos. No texto, Lula ressaltou que "a vitalidade de nossas democracias é um entre tantos outros fatores de convergência e aproximação entre o Brasil e os EUA". Acrescentou que "nossas relações vêm-se desenvolvendo de modo notável. O vivido e fluido diálogo entre nossos países têm produzido resultados benéficos".
4 de novembro de 2004
Kerry pede união de americanos
Nove horas após a Casa Branca declarar que o presidente George W. Bush fora reeleito, o democrata John Kerry aceitou publicamente a vitória de seu adversário republicano. Com um discurso emocionado, em Boston, o senador conclamou o país a se unir para "curar as feridas' "Falei mais cedo com o presidente e ofereci minhas congratulações a ele e a Laura (Bush). Eu te falei da situação do país, que precisa desesperadamente de cura. Espero que possamos começar a nos curar logo", afirmou Kerry a uma platéia de simpatizantes na cidade onde vive.
4 de novembro de 2004
EDITORIAL
VENENO E ANTÍDOTO
Os eleitores americanos deram um novo mandato ao presidente George W. Bush. O resultado não foi certamente aquele pelo qual o mundo torcia, no entanto, essa é a decisão soberana do povo americano, a quem cabe o direito de escolher o que é melhor para si. Quanto ao resto do planeta, resta conviver com essa realidade e procurar articular-se para que essa opção não signifique mais sofrimento para o mundo. O Brasil terá de se preparar para a ofensiva que virá na área externa, visto que Bush se sentirá mais desembaraçado para atender ainda mais aos reclamos dos poderosos grupos econômicos americanos. Ast pressões sobre os brasileiros, para engolirem a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) de qualquer maneira, certamente ganharam ímpeto (provavelmente com o apoio de certos segmentos brasileiros inconformados com a resistência apresentada até agora pelo Planalto, pois preferem o modelo "pragmático" seguido pelo México).
3 de novembro de 2004
Eleição nos EUA se torna disputa voto a voto
Com filas que começaram na madrugada e que se estenderam até o meio da noite, estima-se que de 117 milhões a 121 milhões de norte-americanos tenham votado para eleger o novo presidente dos EUA e candidatos a outros cargos, além de terem se manifestado sobre outras questões, como o casamento homossexual. Confirmada a previsão, terá sido a maior participação do eleitorado desde pelo menos 1968. Em alguns estados, a boca de urna revelou até 15% a mais de eleitores neste pleito em comparação com o de 2000. Análises sustentavam que quanto maior o comparecimento do eleitor às urnas, maiores as chances de Kerry. A campanha de Bush, porém, esperava compensar essa vantagem com uma mobilização maior de seus votantes. A estimativa era a de que a eleição mais disputada, cara e importante da História norte-americana atraísse de 58% a 60% dos eleitores, num país com voto facultativo, segundo o Comité de Estudos do Eleitorado Americano.
3 de novembro de 2004
Americanos comparecem em massa a eleição histórica
Com filas que começaram na madrugada e que se estenderam durante todo o dia, estima-se que de 117 milhões a 121 milhões de americanos votaram ontem para eleger o novo presidente dos EUA. Confirmada a expectativa, terá sido a maior participação do eleitorado desde 1968., A estimativa era a de que a eleição mais disputada, cara e importante da história americana atraísse de 58% a 60% dos eleitores - o voto nos EUA é facultativo, segundo o Comitê de Estudos do Eleitorado Americano. Em 2000, quando o republicano George W. Bush derrotou o democrata Al Gore, votaram 51% das pessoas em idade de fazê-lo, e em 1996, quando era certa a vitória de Bill Clinton sobre Bob Dole, apenas 49% foram às urnas.
Apesar do temor de confusão e contestações judiciais em muitos dos 50 Estados que votaram ontem, o pleito transcorreu sem maiores transtornos. Eleitores enfrentaram tempo ruim apenas em alguns estados, como no disputado Ohio. As zonas eleitorais nos cinquenta estados fecharam entre as 22 horas de ontem e 4 horas de hoje (horário de Brasília).
Os republicanos alegam que há suspeitas de fraudes no Estado envolvendo 35 mil eleitores fantasmas. O Partido Democrata recorreu sem sucesso da decisão. Segundo os democratas, o objetivo republicano é intimidar eleitores, principalmente negros, que tenderiam a votar em Kerry.
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