Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Os eventuais leitores nem devem ter notado, mas permaneci um mês de férias, portanto, sem os rabiscos que vou deixando por aqui regularmente.
Nesse nosso Brazilzinho, um mês parece um ano. Ou talvez tenha sido o ritmo desacelerado permitido pelo ócio, com tempo para não fazer nada ou ainda um pouco menos e de contemplar a natureza, observando-se que a terra é tão esférica quanto a lua - e que é melhor não tentar provar o contrário, pois você pode se perder no mar das contradições, sendo salvo por uma bússola, instrumento funcional devido ao formato do planeta.
Porém, por orelhada - e por vezes assistindo ao comunista Jornal Nacional - fiquei sabendo que o presidente Jair Bolsonaro recusa-se a responder a uma pergunta simples, porém gritante: por que o Queiroz depositou R$ 89 mil na conta bancária da primeira-dama Michele? Por que, sr. presidente, 445 guarás saíram do bolso de Queiroz para aterrissar na conta de sua esposa?
Li também no Twitter - e fiz várias verificações para crer que tamanho absurdo houvesse sido perpetrado por uma devota de Themis -, que uma juíza do Rio de Janeiro censurou a Rede Globo proibindo-a de divulgar documentos relativos ao processo que o impoluto Flávio Bolsonaro (vocês sabem filho de quem) responde devido à chamada “rachadinha”. Isto é, pela farra (supostamente) realizada por ele com o meu, o seu, o nosso dinheiro.
Paulo Guedes, por sua vez, continua a ser o “ministro da próxima semana”, pois suas promessas não cumpridas têm sempre esse prazo. Porém, fraco do juízo, ele se esqueça em sete dias do que falou no prazo anterior - e dobra a meta. Assim, a sua média móvel tem sempre um viés de baixa na realidade e de alta na ficção. E mais: o antigo Posto Ipiranga tem agora de se humilhar para continuar no cargo, pois seus reais patrocinadores ainda não resolveram dispensá-lo.
Para completar, às vésperas de minha volta ao trabalho, vejo mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro enaltecer a ditadura brasileira em seu pronunciamento de 7 de setembro. Tudo normal: é apenas confirmação do horror a que estamos submetidos.
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