Aos 45 minutos do segundo tempo mais um candidato inscreveu-se para concorrer ao cargo de prefeito de Fortaleza. É José Loureto, do Partido da Causa Operária (PCO), que se apresenta como “verdadeiramente revolucionário e comunista”.
Somam-se portanto, 11 disputantes à chefia do Executivo municipal. Um recorde de candidatos majoritários, que alguns analistas atribuem ao fim das coligações para vereador, o que reduziu a influência do chamado “puxador de votos”.
Dito isso, seguem alguns dados colhidos nas fichas de registro das candidaturas.
O que mais iguala os inscritos é o nível de instrução. Dez candidatos concluíram o nível superior; apenas um, do PCO, declarou ter estudado até o ensino médio. Todos são de classe média, funcionários públicos ou de profissões liberais, como médico, jornalista, pedagogo e advogado.
Estado civil
O que mais “desiguala” os candidatos, além do patrimônio, é o item “estado civil”: quatro são casados, três são solteiros, dois são divorciados e outros dois “separados judicialmente”. A diversidade no item, sem dúvida é um sintoma da evolução dos costumes, pois tornou-se irrelevante na hora da decisão do voto ter como parâmetro o “estado civil” do candidato ou da candidata.
Patrimônio
Quanto ao patrimônio, o mais bem aquinhoado é Heitor Férrer (Pros), com R$ 4.194.094,22 registrados. Na casa do milhão ficam ainda José Sarto, do PDT (R$ 1.576.407,67) e Capitão Wagner, do Pros (R$ 1.267.695,52). A soma dos bens de 10 candidatos (R$ 4.239.499,65) é equivalente ao patrimônio individual de Heitor Férrer. Três concorrentes, Paula Colares (UP), Samuel Braga (Patriota) e José Loureto não possuem nenhum bem, segundo a declaração.
Evolução patrimonial
Chamo a atenção para as notícias que informam sobre a evolução patrimonial dos candidatos. Por vezes, vê-se manchetes assim: “Patrimônio do candidato ‘x’ cresceu 100% desde a última eleição”. Em alguns casos, o percentual quer dizer pouca coisa. Peguemos o exemplo de um candidato que tenha declarado R$ 15 mil nesta eleição. Se, na próxima, o patrimônio dele for R$ 30 mil, o crescimento será de 100%, um percentual alto. Porém um valor perfeitamente compatível de crescimento de patrimônio em quatro anos.
Ocupação
No quesito “ocupação”, dois candidatos deixaram o item em branco: Loureto e José Sarto, médico de formação e deputado estadual. Heitor Férrer, deputado estadual, anotou sua profissão original, a de médico. Já o Capitão Wagner (oficial da Polícia Militar), Heitor Freire, do PSL (administrador, segundo sua ficha na Câmara dos Deputados) e Renato Roseno, do Psol (funcionário público federal e advogado, segundo sua biografia na Assembleia Legislativa) optaram pelo ocupação “deputado”.
Naturalidade
Dos candidatos, quatro nasceram em Fortaleza: Luizianne, Paula Colares (UP), Samuel Braga (Patriota) e Célio Studart (PV); três são do interior: Heitor Férrer (Lavras da Mangabeira), Sarto (Acopiara) e Heitor Freire (Juazeiro do Norte) e outros quatro são de cidade de outros estados: Wagner e Roseno (São Paulo), Anizio (Rio de Janeiro) e Loureto (Natal).
Idade
Com 67 anos, Samuel Braga é o candidato mais velho e Célio Studart o mais jovem, com 33 anos de idade.
Cor
Três candidatos declaram-se pardos: Heitor Férrer, Anizio e Loureto; os demais classificaram-se como brancos.
TSE
Esses perfis foram compostos com informações do portal do Tribunal Superior Eleitoral, local em que existem ainda outras informações sobre os candidatos.