Editor-executivo de Economia, é especialista em Teorias da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará e mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. É vencedor de vários prêmios de jornalismo, como o Petrobras, Anac e ABCR.
Editor-executivo de Economia, é especialista em Teorias da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará e mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. É vencedor de vários prêmios de jornalismo, como o Petrobras, Anac e ABCR.
Em razão da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, o Produto Interno Bruto do Ceará (PIB) deverá cair até 5,5% em 2020, conforme projeção do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), a primeira feita neste ano. A previsão de queda da economia cearense, no entanto, é menor que a nacional, que tende a recuar até 6,5%, segundo o último Boletim Focus do Banco Central.
De janeiro a março deste ano, o PIB nacional encolheu 1,5% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com igual período de 2019, porém, o recuo foi de 0,3%. Para o Ceará, comparando os três primeiros meses deste ano com o trimestre de outubro a dezembro, o Ipece projeta queda maior que a do País. No entanto, ante igual período de 2019, prevê retração menos acentuada que a nacional.
A expectativa do Ipece é divulgar o PIB do primeiro trimestre na próxima semana, após consolidar os números neste fim de semanas a apresentar os dados ao governador Camilo Santana (PT). "Nós esperamos divulgar o resultado neste terça-feira, durante coletiva de imprensa virtual, com a presença dos nossos técnicos, que vão analisar os dados", diz João Mário de França, diretor-geral do Ipece.
Ele observa que, no segundo trimestre, a queda será maior, porque a maior parte da economia estava fechada nos meses de abril e maio. Diferentemente dos três primeiros meses de 2020, quando apenas parte de março foi afetada com o início do isolamento social.
"Com a reabertura da economia do Ceará, que teve início neste mês, acreditamos que a tendência de queda do PIB estadual seja reduzida", afirma, destacando a participação do Ipece no plano de retorno das atividades, atualmente na segunda das quatro fases de retomada.
Para João Mário, o pacote fiscal com 23 medidas anunciado nessa quinta-feira, 25, por Camilo Santana para socorrer empresas e estimular à economia cearense ajudará o Governo a frear a queda do PIB. Outro fator que considera importante para atenuar a redução é o plano econômico que está sendo elaborado para acelerar a recuperação econômica do Ceará após a pandemia.
"Essas duas medidas, se bem executadas, podem evitar uma queda maior do nosso PIB neste ano, que deve ser de 4,5% a 5,5%. Mas uma coisa já é certa: o PIB vai cair por conta da crise econômica pela qual o mundo todo está passando", destaca.
Segundo ele, os número preliminares do Ipece relativos ao primeiro trimestre deste ano apontam queda nos setores da indústria e serviços. A agropecuária, entretanto, sinaliza crescimento. Isso porque a atividade não parou, até mesmo para garantir a produção de alimentos e o abastecimento da população. Antes da pandemia, o Ipece estimava crescimento de 2,3% para o PIB do Ceará em 2020.
2019: +2,11%
2018: +1,01%
2017: +1,87%
2016: -5,33%
2015: -3,48%
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