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Capitão Wagner e o cabo eleitoral Jair Bolsonaro
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Regina Ribeiro é jornalista e leitora voraz de notícias e de livros. Já foi editora de Economia e de Cultura do O POVO. Atualmente é editora da Edições Demócrito Rocha

Capitão Wagner e o cabo eleitoral Jair Bolsonaro

Terceira pesquisa O POVO/Datafolha sinaliza um segundo turno entre os candidatos Capitão Wagner (Pros) e José Sarto (PDT) na disputa para a prefeitura de Fortaleza
Tipo Opinião

O que querem dizer, de fato, as pesquisas eleitorais? Nós aprendemos que pesquisa eleitoral é uma sinalização ou um recorte da realidade num dado momento e pode indicar uma tendência da realidade, a depender da metodologia, da aplicação e da análise que se faça dos dados catalogados. Uma pesquisa eleitoral mede tão somente intenções de votos num intervalo de tempo definido.

A última pesquisa OPOVO/Datafolha, publicada na quinta, 5, mostrou um provável segundo turno entre os candidatos Capitão Wagner (Pros) e José Sarto (PDT). As últimas pesquisas realizadas tanto pelo O POVO/Datafolha quanto pelo Ibope revelam ainda uma tendência de queda nas intenções de voto do candidato do Pros. Pelos dados da pesquisa O POVO/Datafolha, Wagner saiu de 33% no primeiro levantamento para 29% terceiro.

Leia mais sobre o assunto:

 https://mais.opovo.com.br/reportagens-especiais/eleicoes-ceara-2020-pesquisas/2020/11/05/homens-dao-vantagem-a-wagner--sarto-vence-entre-nivel-superior.html

Enquanto o Capitão Wagner derrapava nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro pedia votos para o candidato do Pros na sua live semanal de quinta-feira, convocando nominalmente bolsonaristas cearenses de primeira hora.

Caso aconteça com o Capitão, em Fortaleza, o que ocorre com o Celso Russomano (Republicanos), em São Paulo, e com Marcelo Crivella (Republicanos), que tenta reeleição no Rio, ambos apoiados por Bolsonaro, o cenário não é animador para a candidatura do Pros.

Hoje, já se sabe quem é Jair Bolsonaro e o que ele representa, embora 30% dos brasileiros o apoiem. Aceitar uma candidatura recomendada pelo presidente é muito mais do que escolher um candidato. Significa adotar uma postura em relação à vida, é aceitar como legítimos seus ataques constantes à ciência e ao meio-ambiente. É concordar com a desvalorização da inteligência humana e do conhecimento. É tornar a mentira ou o descaso com a verdade um método de governar.

Em 2020, também já conhecemos o modus operandi da turma aliada de Bolsonaro, que se esmera em detonar adversários pelas redes sociais, de forma orquestrada. Aliás, o STF, o TSE e as próprias redes estão tomando providências para evitar que 2018 se repita.

Num possível segundo turno entre o Capitão e José Sarto, o que estará rondando o debate e, certamente, será testado é o modelo bolsonariano em contraposição ao governo de Camilo Santana (PT), que poderá, então, livremente, apoiar José Sarto, o que ele não tem feito em relação à candidata do seu partido, Luizianne Lins (PT).

 

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