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Futebol dá tiro no pé com elitização
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O ex-jogador Sérgio Redes, ou

Futebol dá tiro no pé com elitização

Nelson Rodrigues, nosso falecido dramaturgo maior, dizia que a seleção brasileira era a pátria de chuteiras
Tipo Opinião
FORTALEZA,CE, BRASIL, 20.03.2021: Jogo pela copa do Nordeste, Ceará vs Fortaleza. Arena Castelão.  (Fotos: Fabio Lima/O POVO) (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA FORTALEZA,CE, BRASIL, 20.03.2021: Jogo pela copa do Nordeste, Ceará vs Fortaleza. Arena Castelão. (Fotos: Fabio Lima/O POVO)

Estamos dando um tiro no pé com esse processo de elitização incentivado pela CBF. O futebol sempre foi um fator de integração e união entre todos os brasileiros.

Nelson Rodrigues, nosso falecido dramaturgo maior, dizia que a seleção brasileira era a pátria de chuteiras.

O último registro do Cadastro Nacional de Clubes da CBF data de outubro de 2009 constando 783 registros. De lá para cá vem diminuindo o número devido a gestões desastradas nos próprios clubes, fatores econômicos, pandemia e as exigências da CBF para as competições.

Sobra para a imensa maioria dos clubes o campeonato estadual que também vai perdendo ano pós ano a sua importância porque é visto como deficitário pela própria CBF, pelos grandes clubes e pelas redes de televisão. O mercado é a estrela guia de todos eles.

Interessante é participar de competições promovidas pela CBF. A mídia esportiva cearense é unânime em dizer que o futebol cearense vive um ótimo momento porque temos Ceará e Fortaleza na série A, Ferroviário e Floresta na série C, Atlético, Caucaia e Guarani de Sobral na série D.

Inegável a evolução do futebol cearense. Tanto administrativamente quanto fora do campo. Por outro lado é importante ressaltar que clubes como Icasa, Guarani de Juazeiro, Itapipoca, Horizonte, Quixadá vão gradativamente desaparecendo do cenário esportivo.

Isso acontece em todos os estados. As federações regionais deveriam pensar em como tornar um campeonato regional mais atraente. Domingo passado assisti a três decisões regionais: Ceará x Fortaleza; Inter x Grêmio e São Paulo x Palmeiras. Comum a todos esses jogos a rivalidade regional.

No Clássico-Rei foram 49 faltas. Nos dois outros clássicos parei de contar em 25 faltas. Evidente que o excesso de faltas torna o jogo ruim, mas por outro lado ser campeão é bom. Pensei o que poderia ser feito para proteger o futebol e manter a rivalidade.

Lembrei de uma experiência feita há 25 anos atrás numa Copa patrocinada pela TV Bandeirantes. A partir da décima primeira falta a equipe infratora era punida com tiros livres diretos, sem barreira, com a bola sendo colocada dentro da meia lua no local em que o batedor quiser.

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