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O VAR
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O ex-jogador Sérgio Redes, ou

O VAR

Tipo Crônica

Bem que o Mestre, meu guru aqui da Beira Mar, profetizou. Temos as nossas singularidades. Tem coisas que dá certo no mundo inteiro e não dá no Brasil. No palco do jogo já temos um árbitro, dois bandeirinhas e um árbitro auxiliar indicado pela federação local.

Fora dele, tem um coordenador de vídeo, um árbitro de vídeo e mais dois assistentes vendo o jogo em três ou quatro televisões. A interferência desse povo se limita a situações de gol, pênalti, cartão vermelho direto ou confusão de identidade, em que o árbitro dá cartão para pessoa errada.

Um parênteses, caro leitor, o Mestre é um saudosista. Aposentado e frequentador dos bares aqui da praia, adora o questionamento do "foi, não foi". Aliás, nenhuma novidade, pois este argumento encontrava apoio até na Fifa, que via nas discussões o amor ao futebol.

Quando a equipe de arbitragem externa percebe alguma irregularidade, o árbitro de vídeo se comunica com o árbitro de campo através de ponto eletrônico. A cena é conhecida. O árbitro de campo levanta um braço e bota um dedo da outra mão no ouvido.

Se tiver considerado a observação do árbitro de vídeo, o árbitro de campo desenha no ar um retângulo e corre para a linha lateral onde está instalado um aparelho de televisão. Ali ele poderá passar segundo ou minuto, dependendo da complexidade do lance.

Essa interrupção irrita o torcedor. Muitos dos problemas são criados porque o árbitro e os assistentes do VAR raciocinam com a subjetividade que permeiam os lances. Evidente que vai aí uma dose de experiência como árbitro de campo e de inexperiência como árbitro de vídeo.

O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Leonardo Gaciba, apresentou segunda-feira passada os números do VAR no auditório da CBF. Segundo ele, houve 98% de acerto nos lances de gols, expulsões, pênaltis e erros na aplicação de cartões.

Por outro lado, instado a falar no programa "Bem, Amigos", da Rede Globo. sobre o pênalti a favor do Ceará que o mundo inteiro viu e não foi avisado pelo árbitro de vídeo nem marcado pelo árbitro de campo, Leonardo Gaciba silenciou. O Mestre tem lá suas razões. Temos as nossas singularidades.

 

Foto do Sérgio Redes

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