Logo O POVO+
Homem faz passageiros de reféns e é morto por atiradores de elite
CIDADES

Homem faz passageiros de reféns e é morto por atiradores de elite

Willian Augusto da Silva,20 anos, carregava uma arma falsa. A ação foi filmada pelas TVs. PM foi aplaudida após o desfecho
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Sequestrador foi morto ao deixar o ônibus por alguns minutos. (Foto: Ricardo Cassiano/AE)
Foto: Ricardo Cassiano/AE Sequestrador foi morto ao deixar o ônibus por alguns minutos.

O homem que, ontem, tomou como reféns os passageiros de um ônibus na Ponte Rio-Niterói por quase quatro horas foi abatido por atiradores de elite da polícia. "Foi necessário atirar", disse o coronel Mauro Fliess à Globo News. O sequestrador identificado como Willian Augusto da Silva, de 20 anos, deteve o ônibus da Viação Galo Branco, que fazia a linha 2520 / Jardim Alcântara (São Gonçalo)-Estácio (Rio de Janeiro), com 37 pessoas a bordo às 5h30min, e liberou seis pessoas antes de ser abatido cerca de quatro horas depois.

O tenente-coronel Maurílio Nunes chamou Willian de "psicótico". O homem colocou garrafas plásticas cortadas ao meio e cheias de gasolina dentro do ônibus, acrescentou o policial.

O sequestrador, que usava uma camiseta branca, calças escuras e cobria parcialmente o rosto, foi atingido ao deixar brevemente o ônibus que estava parado na ponte, um importante ponto de fluxo de trânsito da região metropolitana do Rio. Nenhum refém foi ferido, disse a Polícia Militar após a operação. Willian foi levado para o hospital, onde morreu, de acordo com um comunicado da Polícia.

O sequestrador carregava uma arma falsa, confirmou a Polícia horas depois do fim da operação.

Toda a ação foi transmitida ao vivo pela televisão, enquanto todos os pontos de acesso à ponte foram fechados, o que gerou um grande congestionamento na área central do Rio e de Niterói.

Após os disparos, as imagens ao vivo mostraram as pessoas que estavam na ponte aplaudindo e celebrando a ação. Ambulâncias se aproximaram do ônibus que estava retido no vão central da via desde a madrugada.

A polícia negociava desde cedo com o sequestrador que, segundo alguns reféns, não feriu nenhuma pessoa, mas ameaçou atear fogo ao ônibus.

"Parou o motorista, anunciou que o ônibus seria sequestrado, não pediu as nossas coisas, amarrou nossas mãos e pediu para que fechássemos as cortinas", declarou à Globo News Hans Moreno, um dos reféns. "Ele estava muito calmo, muito tranquilo".

"Pensei que ia morrer", disse Walter Freire, outro refém que concedeu uma entrevista à televisão, visivelmente nervoso. "Graças a Deus a Polícia agiu bem", afirmou.

"O ideal é que todos saíssem vivos, mas tivemos que tomar a decisão de salvar os reféns", declarou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que se dirigiu até o local.Durante quase quatro horas, dezenas de carros ficaram bloqueados na ponte. Pouco depois das 10 horas o tráfego foi liberado, enquanto as ambulâncias permaneciam ao redor do ônibus.

O que você achou desse conteúdo?