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Campanha incentiva reconhecimento voluntário de paternidade
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Campanha incentiva reconhecimento voluntário de paternidade

Processo é gratuito e não exige teste de DNA. Reconhecimento também pode ser feito por um pai socioafetivo
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ATENDIMENTO no Fórum pretende estimular e acelerar processos (Foto: Assessoria de comunicação do TJCE)
Foto: Assessoria de comunicação do TJCE ATENDIMENTO no Fórum pretende estimular e acelerar processos

Ao longo de nove anos, foram realizados 572 reconhecimentos voluntários de paternidade no Fórum Clóvis Beviláqua, uma média de 63 casos por ano ou de apenas cinco casos por mês. O número é considerado baixo. Segundo Ana Kayrena Freitas, juíza coordenadora dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuc), o nome grafado no Registro de Nascimento tem um valor imensurável para o filho.

A Campanha de Reconhecimento de Paternidade Voluntária, iniciada na segunda-feira, 7, quer estimular e agilizar processos. A iniciativa é um esforço conjunto do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) por meio da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), Fórum Clóvis Beviláqua (FCB), Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Fortaleza e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e faz parte do Programa "Pai Presente".

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Até o próximo dia 18 de outubro, de segunda a sexta, das 9 horas às 17 horas, o serviço de reconhecimento de paternidade estará disponível para pais e filhos que quiserem aderir. O pai e a mãe devem estar presentes e concordar com o reconhecimento.

Para reconhecer a paternidade, pai e mãe devem ir ao fórum com RG, CPF e cópia da certidão de nascimento da criança ou o nome do cartório do registro. No local, será preenchido um Termo de Reconhecimento de Paternidade assinado pelo pai, pela mãe e homologado por um juiz. Com esse documento em mãos, um dos responsáveis pela criança pode ir ao cartório e requerer a inclusão do nome do pai, sem custo algum.

O amparo de ter um nome na certidão vai para além dos direitos legais. De acordo com Ana Kayrena, o benefício está exatamente em conhecer as suas origens, seja a pessoa adulta ou criança. Não é necessário realizar exame de DNA para ter o reconhecimento.

Michele Camelo, titular da 13ª Defensoria de Família de Fortaleza, explica que o reconhecimento pode ser um pai socioafetivo. "São diversas as possibilidades de família e de configurações familiares", diz.

Para Paulo Henrique da Silva Oliveira, 20, colocar o seu nome no Registro de Nascimento da filha Ana Júlia é dar o direto da menina de conhecer a própria história. O auxiliar de montagem estava viajando quando menina nasceu e há dois anos estava morando em outra cidade. Mas, nesta terça, fez o reparo junto ao Fórum. Ele divide a rotina com a mãe da menina, Andreiana Rodrigues, 19. "É importante ela ter o meu nome no registro porque ela tem esse direito. Eu sou o responsável por ela e isso vai ser garantido a partir de agora", garante. (Angelica Feitosa)

SERVIÇO

Campanha de Reconhecimento Voluntário de Paternidade

Quando: de 7 a 18 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas

Onde: Fórum Clóvis Beviláqua - Salão do Cejusc (Rua Desembargador Floriano Benevides Magalhães, 220)

 

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