Editais para desenvolvimento, produção e implementação de estratégias de combate e prevenção de óleo na costa cearense devem ser lançados em novembro. Conforme Inácio Arruda, secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado (Secitece), o valor do investimento deve ser de, pelo menos, R$ 2,5 milhões, o mesmo montante investido pelo estado de Pernambuco.
O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira, 31, em encontro da comunidade científica, na sede do Instituto de Ciências do Mar (Labomar). No evento, foram apresentados estudos e pesquisas cujos produtos podem ajudar a mitigar e prevenir os efeitos do vazamento de óleo nas praias e estuários do Nordeste.
"O Ceará tem estrutura de dar resposta, em tecnologia, saúde e meio-ambiente. As universidades estadual, federal, Unifor e os Institutos Federais (IFCE) têm conjuntos de laboratórios e pesquisadores competentes. O que se precisa é de insumo e suporte para esse trabalho, como análises de animais, água e solo", defende Inácio.
O titular da Secitece sugere que uma rede seja montada para colaboração da comunidade científica e os editais, com resposta a médio prazo, podem viabilizar produtos de pesquisa para aplicação na contenção de óleo e monitoramento de manchas no mar, por exemplo. "Não podemos esperar um próximo acidente. Se a gente fosse depender do Governo Federal, estaríamos fazendo praticamente nada", completa o gestor, exemplificando os equipamentos solicitados. De 1.000 bigbags solicitadas - sacos flexíveis usados para remoção de resíduos oleados -, foram enviadas 50.