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17 toneladas de óleo são retiradas do Cumbuco em quatro dias
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17 toneladas de óleo são retiradas do Cumbuco em quatro dias

Quantidade é quatro vezes maior do que a coletada pela Semace desde o início do surgimento das manchas no estado. Ceará registra caso de intoxicação pelo óleo
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PRAIA DO CUMBUCO é a localidade mais atingida por óleo no Ceará (Foto: Marcos Vasconcelos/Divulgação / Prefeitura de Caucaia )
Foto: Marcos Vasconcelos/Divulgação / Prefeitura de Caucaia PRAIA DO CUMBUCO é a localidade mais atingida por óleo no Ceará

A Prefeitura de Caucaia retirou 17 toneladas de óleo da faixa de areia do Cumbuco desde a manhã de terça-feira, 5. Nesta sexta-feira, 8, as manchas se estendiam por 15 km. O trecho mais crítico fica entre a Vila dos Coqueiros e a Barra do Cauípe, próximo da divisa com o município de São Gonçalo do Amarante. Segundo a Prefeitura, na terça foram retiradas 5 toneladas e, na quarta, 6. Na quinta foram recolhidos mais 3,5 e, ontem, 2,5 toneladas.

Segundo o monitoramento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgado na quinta-feira, 7, o Cumbuco consta como localidade oleada, ou seja, com mais de 10% da área suja de óleo.

De acordo com a Prefeitura, a situação mais crítica é a da faixa de areia em frente ao residencial Wai Wai, onde foi montado um dos pontos de apoio que reúnem as equipes de limpeza. Ontem, outro ponto teve que ser instalado na Barra do Cauípe - um já havia sido montado em frente ao Vila Galé, trecho visitado pela reportagem na terça e que concentrava grandes manchas a poucos metros do acesso de turistas à praia.

"A dificuldade está sendo maior agora porque identificamos óleo abaixo da superfície da areia, ou seja, que só aparece quando varremos com o ciscador ou escavamos com as mãos. A retirada está sendo mais trabalhosa, delicada e demorada", afirma Assis Medeiros, coordenador-geral do comitê Juntos Contra o Óleo e secretário municipal de Patrimônio de Caucaia.

O município está desde a última quarta-feira em situação de emergência por conta do aparecimento das manchas na praia do Cumbuco. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município e tem vigência enquanto persistirem as manchas de óleo. A medida permitirá à gestão aumentar a quantidade de equipes de limpeza, comprar mais Equipamentos de Proteção Individual e ampliar a quantidade de máquinas.

O Ministério da Saúde divulgou na quinta um boletim epidemiológico que aponta 70 casos de intoxicação devido ao contato com o petróleo nos estados de Pernambuco e Bahia, sendo apenas um registrado no Ceará. A contaminação aconteceu no município de Fortim. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que "encontra-se bem e em casa, a pessoa que foi intoxicada pelo óleo no Estado. O paciente é do sexo masculino e fazia parte da operação de limpeza na praia de Fortim. Ele teve irritação e edema no olho esquerdo e não precisou ser internado. A Sesa ressalta que este é o único caso notificado de intoxicação por óleo no Ceará até esta sexta-feira, 8".

Segundo orientações do Ministério de Saúde divulgadas em outubro, a pasta deverá fazer monitoramento de longo prazo em relação ao estado de saúde das pessoas que tiveram contato com o óleo. A pasta planeja fazer um acompanhamento de 10 a 20 anos, porque o material detém propriedades tóxicas e cancerígenas e os efeitos só serão sentidos ao longo dos anos.

Rebeca Brasil Gondim, assistente de gestão do Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), disse que se a pessoa contaminada em Fortim for funcionária de alguma empresa terceirizada de limpeza, o Cerest de Aracati deverá ser acionado mediante notificação da unidade de saúde que prestou atendimento. "A intenção é acompanhar o estado de saúde do trabalhador e notificar a ocorrência como acidente de trabalho", explica.

Sudeste

A mancha que contamina há mais de dois meses o Nordeste chegou ao Sudeste. O governo anunciou ontem que foram encontrados pequenos fragmentos na praia de Guriri (ES).

 

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