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Projeto Infância Protegida lança revista na Câmara Municipal
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Projeto Infância Protegida lança revista na Câmara Municipal

O projeto que formou 47.448 agentes de prevenção e enfrentamento às diferentes formas de violência sexual cometidas contra crianças e adolescentes foi encerrado ontem, 19, em Fortaleza
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Lançamento da revista Infância Protegida na Câmara Municipal de Fortaleza. Foto: Érika Fonseca (Foto: Érika Fonseca)
Foto: Érika Fonseca Lançamento da revista Infância Protegida na Câmara Municipal de Fortaleza. Foto: Érika Fonseca

O projeto Infância Protegida, que capacitou 47.448 professores, líderes comunitários e profissionais da saúde, entre outros interessados, a atuarem como agentes de prevenção, mitigação e enfrentamento de casos de exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes, foi encerrado ontem, 19, com o lançamento de uma revista. A publicação recupera e amplia as discussões sobre o tema.

O curso foi idealizado pelo presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Henrique (PDT), e realizado em parceria com a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e a Universidade Aberta do Nordeste (Uane). "A revista é a culminância de todo um trabalho de 10 meses, que foi feito, desde 2019, com o lançamento do curso de extensão de enfrentamento a esse tipo de violência", explica Valéria Xavier, executiva de Projetos Especiais do Grupo O POVO.

Ao longo de três meses, o projeto lançou 12 fascículos encartados no jornal impresso, 12 videoaulas e 12 radioaulas ou podcasts. Um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) reuniu todo o conteúdo, para facilitar o acesso do aluno inscrito ao material. Quatro encontros presenciais foram realizados em Fortaleza nos dia 8, 22 e 29 de novembro e 6 de dezembro.

"Esse é um momento importante e fundamental para a nossa casa e para a nossa cidade. Desde 2011 pedíamos uma CPI contra a exploração sexual e, ao abraçarmos esse projeto, ele proporciona a todas as pessoas a chance de conhecer os direitos das crianças e adolescentes", avalia o presidente da Câmara, Antônio Henrique.

O parlamentar cita que  Infância Protegida se soma a outras políticas públicas, como o selo Amigo da Criança em mais de 100 empresas, entre bares, restaurantes, hotéis e outras, se comprometeram e estimularam a denúncia de casos de abuso e exploração sexual das crianças. 

Para João Dummar Neto, presidente da Fundação Demócrito Rocha, o projeto foi bem sucedido graças à iniciativa da Câmara Municipal de Fortaleza por ter sido a mola propulsora da discussão de um tema relevante. "Infelizmente, as estatísticas sobre violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil são desafiadoras. Em 2018, por exemplo, foram registrados, por dia, 138 casos de estupro contra crianças e adolescentes no País", lamenta. Segundo ele, a Fundação Demócrito Rocha, com 33 anos de atuação em ensino a distância, entende que a educação é um dos principais pilares na prevenção e no combate a qualquer tipo de violação contra os direitos humanos.

Rui Aguiar, chefe do escritório da Unicef em Fortaleza, conta que, ao receber i convite da Fundação Demócrito Rocha (FDR) e Câmara de Vereadores, enxergou uma oportunidade de levar o curso para 1.924 municípios brasileiros em 18 estados, da Amazônia e do semi-árido. "O Infância Protegida chegou em uma excelente hora em que os municípios estavam precisando. Nós fizemos a articulação nacional e conseguimos uma quantidade grande de municípios no Brasil todo. Tivemos cidades em todos os estados brasileiros", comemora.

Ele cita que muitos estudantes de graduação também tiveram contato com o material, fizeram o curso e alguns estão escrevendo o trabalho de conclusão da graduação sobre a temática. "As notícias que temos são muito positivas. Os Núcleos de Cidadania dos Adolescentes, presentes em cada cidade com o selo Unicef, também fizeram o curso, foram apresentados pela primeira vez à temática e tivemos um retorno muito positivo", comemora.

 

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