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Moradores denunciam esgoto que deságua no rio Ceará
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Moradores denunciam esgoto que deságua no rio Ceará

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DENÚNCIA feita aos órgãos ambientais não resolveu a situação (Foto: Whatsapp/O POVO)
Foto: Whatsapp/O POVO DENÚNCIA feita aos órgãos ambientais não resolveu a situação

Moradores da Barra do Ceará, em Fortaleza, denunciam que um esgoto, supostamente pertencente à Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), vem lançando grande quantidade de dejetos em um córrego na rua José Lima Verde que deságua no Rio Ceará. Conforme relatos, já foram feitas diversas denúncias aos órgãos responsáveis pela defesa ambiental, mas nenhuma providência foi tomada. 

Francisco Mairlon afirma que o despejo acontece, geralmente, na madrugada. Mairlon diz que a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) já esteve no local, mas o problema não foi resolvido. "Eles vêm, mas não dá em nada. (Fiscais) andaram aqui ontem, bateram no portão (da estação da Cagece). Disseram que era mentira, que não tinha sido aberto, mas eu tenho a gravação", afirmou. 

"O odor é insuportável , e quando essas águas chegam ao rio Ceará, a mortandade de peixes e siri crustáceos é grande. É tão grande o mau cheiro que causa dor de cabeça", comenta Rui Rodrigues. Ele apurou que as máquinas de tratamento estariam sucateadas e não conseguem atender a demanda. "A solução tomada é abrir as comportas do jeito que recebem essas águas", deduz.

A  Secretaria do Meio Ambiente (Sema) explicou que os vídeos foram recebidos e foi feita uma denúncia junto a Semace, mas recebeu a resposta de que o local é uma Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) licenciada pelo Município, em conformidade com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). Ainda segundo a pasta estadual, a fiscalização seria de responsabilidade da Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), para a qual foi feita uma denúncia, com solicitação de urgência. 

Em nota, a Cagece afirmou que "o lançamento indevido de águas pluviais, além de resíduos sólidos lançados inadequadamente na rede coletora, sobrecarregaram em cerca de oito vezes a capacidade do sistema, gerando obstrução e extravasamento". Procurados, Agefis e Seuma não enviaram respostas até o fechamento desta matéria.

 

Confira vídeo enviado por moradores e entregue aos órgãos ambientais:

 

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