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Região de Saúde de Fortaleza tem aumento de 41,6% em novos casos
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Região de Saúde de Fortaleza tem aumento de 41,6% em novos casos

A Região Metropolitana de Fortaleza apresenta aumento de casos acima do registrado no Interior
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Saída de paciente do hospital Leonardo Da Vinci, referência no tratamento de Covid-19 (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira Saída de paciente do hospital Leonardo Da Vinci, referência no tratamento de Covid-19

A Região de Saúde de Fortaleza, composta por 43 municípios, apresentou aumento de 41,6% no número de novos casos confirmados de Covid-19 entre os dias 17 e 24 de outubro (Semana Epidemiológica 43). A proporção de casos entre a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que abrange 19 cidades, e os municípios do Interior do Estado volta a se inverter, conforme a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Cidades próximas à Capital vem apresentando maior incidência de novos casos, assim como no início da pandemia no Estado. Cenário que foi seguido da interiorização do contágio.

Apesar de incremento menor que o da semana anterior na Região de Saúde de Fortaleza — 72% —, a situação ainda é de alerta. A variação se refere aos novos casos da semana em questão com relação ao número de novos casos diagnosticados na semana anterior.

A Área Descentralizada de Saúde (ADS) de Fortaleza, que abrange Aquiraz, Eusébio, Fortaleza e Itaitinga, registrou aumento de 15,4% de novos casos da Covid-19 entre as Semanas Epidemiológicas 41 (04/10 a 10/10) e 42 (11/10 a 17/10). As Áreas Descentralizadas de Maracanaú (37,7%) e Caucaia (3,4%) também tiveram aumento.

"O boletim mostra um pequeno aumento no número de casos confirmados no Ceará. Esse aumento ocorre principalmente na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). No gráfico de positividade dos exames, a gente observa uma inversão da curva onde a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) começa a ter mais casos confirmados do que Interior. Isso só havia acontecido da última vez em maio", afirmou a secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, Magda Almeida, em vídeo disponibilizado à imprensa.

Ela destacou que "um deslocamento de algumas regiões com relação ao número de óbitos" chamou a atenção da pasta. Um aumento do número de óbitos que não foi acompanhado do número de casos confirmados. "Isso destaca para a gente uma deficiência na testagem, fazendo com que os casos não sejam identificados precocemente e, portanto, se agravem e evoluam rapidamente para óbito", explicou.

Em razão do aumento de casos, o atual decreto sobre a pandemia da Covid-19 no Ceará será renovado, com as mesmas restrições. O governador Camilo Santana (PT) anunciou na noite de ontem, 30, nas redes sociais, que o aumento será investigado "mais a fundo o atual cenário e todos os indicadores". "Estamos procurando agir com muita prudência e responsabilidade no plano de retomada, que já conta com 95% da economia aberta, para que não haja retrocessos. Determinei que nossa equipe continue se reunindo com setores que ainda estão sendo mais atingidos com as medidas restritivas neste momento, como o setor de eventos, para que sejam traçados planos e todos os protocolos necessários para uma retomada segura", disse.

O Ceará chegou a 273.743 casos confirmados e 9.344 mortes pela Covid-19, nesta sexta-feira, conforme a plataforma IntegraSUS, da Sesa, atualizada às 16h50min. São 549 casos e 9 mortes a mais do que o total registrado no último boletim de quinta-feira. Segundo o balanço, uma pessoa morreu de Covid-19 nas últimas 24 horas.

 

ELEIÇÕES

Governador Camilo Santana afirma que abusos na campanha eleitoral "não devem ser tolerados". Cumprimento das regras "precisa ocorrer em todos (os municípios), sem exceção".

 

FORTALEZA, CE, 29-10-2020: Movimentacao no hospital referencia no combate ao covid-19 do estado, Leonardo da VInci. As fotos destacam pacientes recebendo alta e ambulancia. Fortaleza. (BARBARA MOIRA/ O POVO)
FORTALEZA, CE, 29-10-2020: Movimentacao no hospital referencia no combate ao covid-19 do estado, Leonardo da VInci. As fotos destacam pacientes recebendo alta e ambulancia. Fortaleza. (BARBARA MOIRA/ O POVO)

3,3 mil pessoas na Capital serão testadas para estimar imunidade contra Covid-19

Cerca de 3,3 mil moradores de 112 bairros de Fortaleza serão testados para verificar percentual já desenvolvido de anticorpos da Covid-19 e estimar quantas estão susceptíveis à doença. A investida da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) começa na próxima terça-feira, 3. Essa será a quarta fase da pesquisa de soroprevalência na Capital.

A estratégia é posta em prática no momento em que a Capital vive microssurtos de novos casos nos bairros de maior Índice de Desenvolvimento Humano(IDH), como Meireles, Cocó e Aldeota.

Já na segunda-feira, 2, feriado nacional de Finados, cerca de 250 profissionais de saúde e de apoio envolvidos no projeto passarão por treinamento na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP). Os técnicos vão coletar amostras por swab nasal, para RT-PCR, e coleta de sangue venoso.

O primeiro, teste de biologia molecular, identifica a presença do vírus no paciente a partir de amostras de secreção nasal. O último exame detecta a presença de anticorpos quantitativos para a Covid-19.

"A coleta do sangue venoso para realizar a sorologia tem melhor sensibilidade que o teste rápido, pois esse só mostra se a pessoa tem ou não anticorpos. Também vamos poder quantificar o nível de anticorpos já que é uma técnica quantitativa onde mostra a quantidade de anticorpos na pessoa", explica Magda Almeida, secretária de Vigilância e Regulação da Sesa.

Além dos testes, os técnicos da Sesa devem entrevistar mais pessoas, número não divulgado, sobre o estado de saúde nos últimos meses. A Sesa afirma que os dados solicitados darão conta de informações sobre sexo, idade, escolaridade, condições de saúde e possíveis sintomas que o cidadão tenha sentido recentemente.

O órgão garante que os pesquisadores estarão devidamente identificados, portanto com termos de consentimento para participação e panfleto informativo da pesquisa. Além disso, paramentados com todos os equipamentos de segurança: touca, avental, óculos, máscara e luvas.

O inquérito soroepidemiólogico também deve alcançar moradores de forma aleatória durante dez dias. A pesquisa é realizada pelo Governo do Ceará, por meio da Sesa, pela Secretaria Municipal de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Opnus. Não foi divulgado quando os resultados devem ser divulgados.

Os parceiros chegam na quarta etapa da pesquisa após testar mais de 10 mil pessoas. A primeira fase ocorreu entre os dias 2 e 15 de junho. A seguinte, entre os dias 13 e 20 de julho. Em setembro, jovens estudantes da rede pública e privada foram o público-alvo do estudo. Em cada um dos momentos foram testadas 3.300 pessoas. 

 

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