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Com matrículas aquém do esperado, 90% das escolas particulares retomam aulas
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Com matrículas aquém do esperado, 90% das escolas particulares retomam aulas

| EDUCAÇÃO |Sinepe-CE tenta liberação de todas as turmas sem percentual máximo de capacidade estipulado pelo Governo
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Aulas chegam para o 1º dia de aula de 2021 no Colégio 7 de Setembro, no Centro de Fortaleza (Foto: Bárbara Moira/OPOVO)
Foto: Bárbara Moira/OPOVO Aulas chegam para o 1º dia de aula de 2021 no Colégio 7 de Setembro, no Centro de Fortaleza

As escolas particulares no Ceará retomam as aulas em 2021 com quantidade de matrículas 20% menor se comparado ao início do ano passado. O balanço do Sindicato de Educação da Livre Iniciativa do Ceará (Sinepe-CE), entidade dos estabelecimentos privados de ensino, é de que 90% das unidades já estão com atividades no modelo híbrido, com aulas presenciais e remotas. O percentual deve ser superado ainda nesta terça-feira, 19. A maioria das instituições retomou as atividades ontem.

Vice-presidente do Sindicato, Andréa Nogueira destaca que o percentual aquém do esperado deve-se ao reajustamento financeiro que algumas famílias tiveram de fazer por conta dos impactos negativos consequentes da pandemia da Covid-19. Além disso, pela própria incerteza de como ocorrerão os encontros durante todo o ano.

"A escola está oferecendo ensino de forma presencial e remoto, respeitando a situação de cada família, de quem acredita que ainda não dá para enviar o filho. Nós tivemos cinco meses de experiência com aulas presenciais. Com isso, foi constatado que a escola é um ambiente seguro. Inclusive porque temos cumprido os protocolos sanitários e de saúde", afirma.

A representante cita ainda que há testagem prévia dos profissionais da educação e monitoramento de sintomas e casos confirmados dentro da comunidade escolar. Para tanto, há sistema da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), para onde são reportados os casos a serem monitorados pelo órgão.

Enquanto tenta superar o baixo percentual de matrículas para 2021 e o fechamento de centenas de instituições da livre iniciativa em todo o estado, o Sinepe-CE busca junto ao Governo do Estado a liberação de todas as turmas. Além disso, que o ensino seja totalmente presencial. No último sábado, 16, representantes de escolas particulares, de pais e a direção do sindicato foram às ruas em carreata para reforçar o posicionamento.

"Nosso faseamento era pra ter encerrado em outubro. Se nós tivéssemos seguido, todas as séries já teriam voltado. O nosso pleito é que o governo autorize a volta integral, ainda em janeiro, para que as aulas retornem sem limites de percentual em todas as séries de ensino, inclusive no superior", reforça Andréa.

Ainda não estão autorizados encontros presenciais para turmas de 1º e 2º ano do Ensino Médio e as aulas teóricas do Ensino Superior. Por outro lado, com 35% da capacidade de atendimento, estão autorizados para o ensino híbrido as turmas do último ano do ensino profissionalizante, 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental, 3º do Ensino Médio, cursos preparatórios para acesso ao ensino superior. Na educação infantil, a capacidade permitida é de 75%.

Com pequeno fluxo de alunos e as turmas da 1ª e 2ª séries do médio de forma remota, as unidades do Colégio 7 de Setembro iniciaram o calendário letivo de 2021. Todas as autorizadas voltaram com ensino híbrido, exceto o 3º ano do Ensino Médio, que segue remoto até que as atividades com a última turma do ensino básico de 2020 se encerrem. A data-limite proposta pelo Sinepe é que o retorno ocorra até esta quarta-feira, 20. Entre as instituições que começarão as aulas apenas amanhã estão os Colégios Master e Farias Brito.

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