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Em volta às aulas presenciais tranquila, estudantes e instituições de ensino superior alertam para medidas de prevenção
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Em volta às aulas presenciais tranquila, estudantes e instituições de ensino superior alertam para medidas de prevenção

Estudantes relatam felicidade por voltarem às salas de aula e medo com a chegada da variante Delta
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Instituições de ensino superior destacam necessidade de cumprimento de medidas sanitárias (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Instituições de ensino superior destacam necessidade de cumprimento de medidas sanitárias

Enfrentar um recomeço não costuma ser uma tarefa tão simples em tempos de pandemia. A retomada gradual de antigos hábitos faz parte do processo de recuperação social e econômica. Nesta segunda-feira, 2, foi a vez dos estudantes do ensino superior se reencontrarem nas salas de aula. As atividades presenciais nas faculdades e universidades cearenses estão liberadas desde o dia 28 de junho. Entretanto, como muitas instituições de ensino já estavam no período de férias, a retomada ao modelo presencial acabou ocorrendo, de fato, apenas no início deste mês de agosto.

"Eu já vi que vai ser bastante proveitoso. Eu entendo toda a questão da preocupação da pandemia, mas também reconheço a importância do ensino presencial", relata Ana Alice, 20, estudante de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor).

A universitária, que está no oitavo semestre, conta que possui algumas complicações respiratórias, mas que sentiu segurança durante o primeiro dia de aula. "Eram poucos alunos na sala, um ambiente bem separado, professor com bastante zelo. Estou andando com um borrifador de álcool, todo lugar que eu vou, eu limpo, por questão de segurança", conta Ana.

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Por meio de nota, a Unifor celebrou a retomada do modelo presencial e reforçou o pedido de adesão às medidas sanitárias de segurança, como o uso obrigatório de máscaras, respeito ao distanciamento social e às demarcações sinalizadas no Campus, além de pedir que os alunos evitem aglomerações e informem caso apresentem algum sintoma gripal.

Para a estudante de Fisioterapia Beatriz Lopes, 22, a retomada à universidade foi bem diferente do que se via em tempos que antecederam a pandemia. "É muito diferente. Está muito vago, temos os protocolos que estão sendo seguidos, pedem muito isso da gente, mas como depende muito de cada pessoa, a gente tem que colocar um pé atrás", relata a estudante.

O comportamento dos colegas não é a única preocupação da jovem. Com a chegada da variante Delta, de origem indiana, ao Ceará, durante o mês de julho, a estudante teme que o modelo de aulas venha a passar por novas mudanças. "A gente fica apreensivo, fica com medo. A maioria do pessoal já está com pelo menos a primeira dose, mas, mesmo assim, sabemos que tem uma nova variante chegando e já ficamos nessa incerteza se poderemos parar de novo", comenta Beatriz.

Em outro ponto da Capital, próximo à av. Washinton Soares, que apresentava uma movimentação tranquila, mesmo com o fim das férias escolares, Stefany Vitoriano, 20, estudante de Psicologia do Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7), aguardava a chegada do transporte público após o primeiro dia de aula.

A estudante do terceiro semestre teve nesta segunda-feira, 2, a sua primeira experiência em uma sala de aula do ensino superior, pois ingressou na faculdade durante a pandemia. "Me senti bem à vontade, está tudo muito tranquilo. Poucos alunos voltaram para a rotina, e está muito seguro", disse a jovem, que também alertou para a chegada da nova variante ao Estado.

"A expectativa estava muito grande, eu espero que continue o semestre todo, mas está tendo a nova variante. Recebemos a recomendação do uso da máscara, do álcool em gel e do distanciamento, hoje só tinham duas pessoas na sala".

Por meio de um comunicado, a Uni7 destacou a importância de todos os protocolos de segurança serem seguidos. Destacando também o pedido da constante higienização das mãos e do uso de espaços bem ventilados. Os riscos da variante Delta também foram ressaltados pela instituição.

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Variante Delta

Os primeiros casos da variante indiana no Ceará foram registrados em passageiros que estavam em voos vindos do Rio de Janeiro, com destino a Fortaleza.

Três mulheres e um homem, com idades entre 22 e 26 anos, moradores de Fortaleza (dois), Caucaia e Itapipoca foram diagnosticados com o vírus ainda no aeroporto da Capital. Todos os casos são monitorados pela Vigilância Epidemiológica do Estado.

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