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Ex-presidente defende legalidade
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Ex-presidente defende legalidade

Compra do imóvel. Maurício Filizola
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Tipo Notícia

Ao O POVO, Maurício Filizola defendeu a legalidade da transação e disse que as acusações fazem parte de disputa política. O ex-presidente da Fecomércio apresentou documentos que, segundo ele, provam a regularidade da compra. O ex-presidente do Sistema diz que solicitou em reunião do Conselho que o fato alegado fosse encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU), sendo o órgão competente para fiscalizar os recursos do Sesc.

"Todo o processo para a aquisição do imóvel passou pela avaliação de valor, avaliação de adequação técnica e parecer da assessoria jurídica do Sesc", defende.

Sobre a denúncia da atual gestão, que afirma ter descoberto um processo de desvio de dinheiro onde a vendedora do terreno fazia depósitos a um advogado ligado à antiga gestão, Filizola defende-se, afirmando que a compra do imóvel ocorreu de forma "totalmente transparente". De acordo com o antigo presidente, o escritório do advogado foi contratado pelo Sesc para acompanhar processos judiciais.

"Não há parecer ou qualquer outro ato dele (o advogado) ou do escritório dele com relação ao Sesc na aquisição do imóvel. Os adiantamentos de sinal foram pagos em depósito na conta do vendedor. Portanto, não tem como ter desvio de recursos", explica Filizola. Entretanto, a atual gestão, rebate essa versão e aponta que, após receber os depósitos, a vendedora faria os depósitos de volta, em conta ligada ao advogado.

Além do distrato da compra, a Fecomércio afirma que busca reaver o valor supostamente desviado. O Sistema encaminhou um pedido de investigação do caso à Polícia Civil e acionou o Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) para apurar a conduta do advogado supostamente envolvido no caso. A situação passou a ser apurada pelas duas instituições.

Em nota, a OAB-CE confirmou que recebeu representação disciplinar do Serviço Social do Comércio (Sesc). No próximo dia 30 de novembro, haverá sessão para julgar o pedido de suspensão preventiva do advogado.

O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-CE abriu processo administrativo disciplinar contra o advogado, que tramita em sigilo. A Polícia Civil do Ceará informou que inquérito policial foi instaurado na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) para apurar a notícia-crime registrada no fim de outubro de 2021, relacionada à transação de um imóvel em Fortaleza.

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