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Municípios enfrentam desafios para manter universalização
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Municípios enfrentam desafios para manter universalização

Investimento. Rede pública
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FORTALEZA,CE, BRASIL, 07.03.2022: Governo do Ceará anuncia iniciativas para reforçar o trabalho das redes estadual e municipais de ensino. Centro de eventos.  (Fotos: Fabio Lima/O POVO). (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA FORTALEZA,CE, BRASIL, 07.03.2022: Governo do Ceará anuncia iniciativas para reforçar o trabalho das redes estadual e municipais de ensino. Centro de eventos. (Fotos: Fabio Lima/O POVO).

Apesar do avanço do ensino em tempo integral no Ceará, as redes municipais ainda têm dificuldade de garantir a universalização desse regime em todas as localidades. A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Ceará (Undime) e secretária de educação de Crateús, Luíza Aurélia Teixeira, explica que o nível de investimento em estrutura para universalizar a rede é um dos principais impasses.

"Se eu tenho uma escola que funciona manhã e tarde com 200 alunos, 100 pela manhã e 100 pela tarde, se eu colocar o tempo integral, eu só vou poder ficar com 100 alunos. Então vou ter que abrir espaço físico para os outros. E isso demanda muito recurso", afirma. Ela expõe ainda que do ensino fundamental para o ensino médio também existem alunos que passam a estudar em escolas particulares ou institutos profissionalizantes, o que diminui o número de estudantes atendidos pelas escolas estaduais.

Em Crateús, onde é chefe da pasta de Educação, 70% das escolas são de tempo integral. Guaramiranga é outro exemplo de cidade que conseguiu atingir uma alta porcentagem de ensino integral na rede municipal, com todas as escolas de ensino fundamental adotando o regime, segundo a prefeita Roberlândia Ferreira.

No entanto, nem todos os municípios conseguem fazer o investimento. Por isso, a presidente da Undime defende a parceria das cidades com o Estado em políticas públicas de repasse de investimentos, como o Pacto Pela Aprendizagem. O pacto, lançado em 2021, prevê o repasse de R$ 80 milhões para reformas, aquisição de transporte escolar e equipamentos. Além disso, o dinheiro também pode ser utilizado para a implementação do tempo integral nas redes municipais, focando na recuperação da aprendizagem atrasada pela pandemia.

Também previstos pelo pacto, R$ 50 milhões foram utilizados para a compra de notebooks,
webcams, tripés, roteadores e impressoras. Os equipamentos foram entregues aos representantes dos municípios nesta segunda-feira.

“Os municípios tinham uma dificuldade muito grande de retorno [às aulas presenciais], e a dificuldade estava exatamente na adequação dos espaços físicos, na aquisição de EPIs e também na questão da virtualização do processo de ensino e aprendizagem. Infelizmente a gente não tinha entrado na era da informatização nas nossas escolas. E esse recurso permite que os municípios se organizem”, diz a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Ceará (Undime) e secretária de educação de Crateús, Luíza Aurélia Teixeira.

Atualizada às 12h29 de 8 de março

 

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