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Mutirão de exames e cirurgias dá esperança a usuários do SUS
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Mutirão de exames e cirurgias dá esperança a usuários do SUS

|Fortaleza|Iniciativa integra ação nacional organizada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)
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EDILANE Alves, dona de casa, foi atendida no Complexo Hospitalar da UFC (Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO)
Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO EDILANE Alves, dona de casa, foi atendida no Complexo Hospitalar da UFC

Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foram contemplados com cerca de 1.200 atendimentos realizados no fim de semana, no Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza.

Mutirão integra ação nacional organizada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), juntamente com os ministérios da Educação e da Saúde. O serviço de atenção à saúde foi promovido em todos os hospitais universitários do País gerenciados pela Ebserh.

Para quem aguardava por exames, cirurgias e outros procedimentos, foi um momento simbólico. A fortalezense Bárbara Marques acompanhava a mãe, Ivanilda, que precisava passar pelo exame de espirometria, que avalia a função pulmonar, e esperava ser chamada desde junho de 2024.

"Ela teve alguns episódios de falta de ar e começou a ser investigado", relatou a filha. "Agora a gente conseguiu fazer esse exame. Vamos saber se ela está com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou se o problema dela é cardíaco. Esse exame é muito importante para identificar isso".

A espera pelo exame impactou "muito" a vida de Bárbara e da mãe dela, contou: "A gente não sabe o que ela tem de verdade e não pode fazer um tratamento adequado sem saber o que é. Aí, ficamos no 'se sente isso, toma isso'".

Mãe solo, Bárbara relatou que a saúde da mãe importa também porque precisa trabalhar e seu filho fica sob os cuidados da avó. "É uma grande vitória, né? Me sinto vitoriosa por isso. É um alívio, demais", disse ela sobre o exame.

"Não só para mim, mas para todo mundo. Tenho nem palavras para dizer o que isso significa, porque a gente sabe a importância do SUS e que muitas pessoas precisam, mas tem a dificuldade da fila de espera. A demanda é maior do que eles conseguem. Mas, podendo adiantar essa fila, é uma grande conquista".

Para Edilane Sousa, de 37 anos, passar pelo exame de espirometria — que em seu caso servirá no pré-operatório para realização de cirurgia bariátrica — por meio do mutirão representa "oportunidade".

Ela aguardava pelos procedimentos desde dezembro último. "Aproveitei que ia ter esse mutirão, aí calhou, porque eu tava com problemas no fígado", contou Edilane. "O médico pediu para saber se era fígado, porque fígado não dói. E eu tava com dor. Aí ele pediu para fazer o exame logo".

Na percepção da moradora do Passaré, o mais significativo de ter resolvido essa demanda de saúde é "saber como eu estou". Apesar da demora, ela enfatizou que "todo o atendimento (do SUS) é bom. Só demora, né?".

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