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Nem da Gerusa é preso pela equipe da Draco, Polícia Civil do Ceará, na Bolívia
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Nem da Gerusa é preso pela equipe da Draco, Polícia Civil do Ceará, na Bolívia

Considerado um dos homens mais procurados do Ceará, Jangledson de Oliveira, o Nem da Gerusa, foi preso por equipe da Draco, da Polícia Civil do Ceará
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Equipe da Draco prendeu
Foto: reprodução Equipe da Draco prendeu "Nem da Gerusa" na Bolívia

Jangledson de Oliveira, o "Nem da Gerusa, foi preso nesta quinta-feira, 13, na Bolívia, pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Ceará. A informação foi confirmada ao O POVO por uma fonte da Polícia Civil. Equipes da Draco estão na Bolívia e realizam operação. 

Conforme os levantamentos policiais, Nem estava na Bolívia com o objetivo estratégico de facilitar o tráfico internacional e comandar o fornecimento de drogas para o Ceará. Antes de se fixar na Bolívia, "Nem da Gerusa" foi monitorado na Venezuela.

Após deixar o país, ele retornou ao Brasil e se escondeu em comunidades do Rio de Janeiro. Mesmo de lá, a investigação aponta que ele continuava ativo, sendo responsável por comandar a execução de crimes no Ceará à distância.

A inteligência policial identificou que, nos últimos meses, Jangledson se mudou para a Bolívia para estruturar a nova rota de entorpecentes.

Ele foi localizado e capturado na cidade de Guayaramerín (Bolívia), uma localização estratégica que faz fronteira direta com o município de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia. A captura também contou com o apoio crucial de policiais do Núcleo Integrado de Inteligência de Fronteira (NIIF) da Secretaria de Segurança Pública de Rondônia.

Criminoso entre os mais procurados do Ceará 

O criminoso é um dos mais procurados do Ceará e possui pelo menos nove mandados de prisões, sendo a maioria por homicídios, que incluem o de um bombeiro militar. O subtenente da reserva do Corpo de Bombeiros foi morto em Maracanaú, em 2017, e era sogro de Nem.

Nem é foragido do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. Ele e outros presos fingiram passar mal e renderam um policial penal. Eles colocaram o profissional como escudo humano, com um carro esperando do lado de fora.

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Jangledson de Oliveira estava na lista dos mais procurados do Ceará e era foragido do Rio Grande do Norte após fuga cinematográfica. Ele é apontado como mandante de dezenas de homicídios em Fortaleza e Região Metropolitana. 

Nem da Gerusa" (apelido em referência à sua mãe) estava há anos na Lista dos Mais Procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará. Contra ele, pesavam pelo menos nove mandados de prisão em aberto por crimes como homicídio qualificado, latrocínio, roubo e organização criminosa.

As investigações da Polícia Civil, principalmente da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), apontam "Nem da Gerusa" como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV) no Ceará.

Sua área de atuação era focada na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), especialmente nas cidades de Eusébio e Aquiraz. Nesses locais, ele foi investigado por controlar o tráfico de drogas e armas, além de ordenar execuções de rivais e desafetos através dos chamados "tribunais do crime".

Um dos crimes de maior repercussão atribuídos a ele foi o assassinato de seu ex-sogro, o subtenente da reserva do Corpo de Bombeiros Francisco Luciano Ferreira Gadelha, em 2017, na cidade de Maracanaú.

A audácia de "Nem da Gerusa" ficou nacionalmente conhecida por sua fuga de um presídio no Rio Grande do Norte.

Em 2016, ele estava detido no Centro de Detenção Provisória de Potengi, em Natal, quando protagonizou uma fuga cinematográfica. O criminoso e um comparsa fingiram passar mal dentro da cela para atrair os agentes penitenciários.

Quando os agentes abriram a grade, foram rendidos por um detento que estava armado dentro da unidade e durante a confusão e troca de tiros, "Nem da Gerusa" usou um agente penitenciário como escudo humano para garantir sua saída.

Um carro já o aguardava do lado de fora do presídio, facilitando a fuga. Desde então, Jangledson de Oliveira vivia como foragido, utilizando documentos falsos e alternando esconderijos. A prisão na Bolívia, realizada em uma ação conjunta das polícias cearense e boliviana, indica que ele mantinha suas operações criminosas mesmo a distância.

 

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