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A França na final da Copa

2018-07-15 00:00:00

Entre as favoritas antes da Copa do Mundo 2018 começar estava lá a França, um pouco abaixo de Alemanha, Brasil e Espanha, é verdade, mas sempre entre as melhores. É um elenco muito jovem (25,6 de média, só mais velha do que a Nigéria entre as 32 que começaram a competição) e formado por jogadores em grande forma física e técnica. Praticamente todos os seus titulares são astros mundiais do futebol. Se não fez uma primeira fase brilhante, evoluiu muito a partir das partidas eliminatórias e venceu Argentina, Uruguai e Bélgica sem contestação. Foi melhor do que todos os adversários e está exatamente onde deveria estar. E há um adendo: o clima entre os atletas é leve, bem humorado, o melhor possível.


APOSTA

Escrevi ontem que a Croácia, um mês antes do torneio começar, pagava 34 vezes o valor apostado nos sites especializados. No caso da França, no período idêntico, pagava oito vezes. Ou seja, quem investiu R$ 1 mil, arrecada agora R$ 8 mil.

 

TERCEIRO ELEMENTO

Até hoje na história das Copas apenas dois personagens foram campeões como atleta e técnico. Zagallo, pelo Brasil em 1958/1962 e 1970 e Franz Beckenbauer, pela Alemanha, em 1974 e 1990. Eis que o Mundial da Rússia tem potencial para fazer surgir o terceiro elemento em tal rara lista: Didier Deschamps. Campeão pela França como meio-campista titular em 1998, é ele o responsável pela condução técnica dos franceses desde 2012. Na Copa de 2014, o treinador, hoje com 49 anos, afirmou categoricamente que a França não era uma das favoritas e acertou. O time foi eliminado nas quartas de final pela Alemanha, que seria a campeã passando pelo Brasil no inesquecível 7 a 1. A oportunidade da redenção está próxima.

 

LLORIS, VARANE E KANTÉ

Muito se fala, e com razão, dos jogadores criativos da França, mas as atuações do goleiro Lloris, do zagueiro Varane e do volante Kanté são monstruosas na Copa. O trio é a coluna vertebral de um time que também conta com grande participação na marcação de laterais, meio-campistas criativos e atacantes. Os franceses não se preocupam em dar espetáculo ou com recordes pessoais. Se preocupam em vencer. É o que basta.

 

Fernando Graziani

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