Apesar do lockdown vigente no Ceará neste fim de semana, conforme decreto publicado no dia 10 de abril, alguns locais em Fortaleza seguem com movimentação. De acordo com o documento oficial, apenas serviços essenciais devem funcionar no sábado e domingo. No entanto, na manhã de ontem, a Feira de Messejana registrou movimento leve mesmo com chuva.
"Hoje acho que está mais ou menos, sábado passado tinha mais gente", disse o autônomo Carlos Alberto, de 58 anos, que foi ao local comprar camarão.
Trabalhando em um boxe de venda de comida próximo à feira, Maria de Fátima Oliveira, 70 anos diz que não é contra o lockdown, mas entende que é preciso garantir renda para as pessoas sobreviverem neste período. De todo modo, também não concorda com aglomerações. "Eu não sou contra o isolamento, de jeito nenhum, é importante. O problema é que o pessoal faz muita numeração".
Várias lojas do bairro, de diferentes segmentos, também estavam funcionando. Alguns à meia porta, outros normalmente. O fluxo de pessoas não era o mesmo de um movimento típico de sábado no local, mas era bem acima do permitido pelo decreto, considerando o contexto de lockdown. O POVO constatou também muitas pessoas sem máscara ou usando-as de forma inadequada.
A mesma situação foi vista pela reportagem na feira da avenida Robert Kennedy, nas Goiabeiras, onde havia aglomeração e venda de produtos alimentícios e objetos.
Já no Centro, onde havia mais policiamento, a grande maioria dos estabelecimentos não abriu. Porém, algumas lojas, como as de vendas de produtos eletrônicos, na rua Pedro Pereira, tentaram driblar as orientações e mantiveram o funcionamento à meia porta.
A rua Sete de Setembro, no bairro Parangaba, teve pouca circulação durante a manhã. A vendedora Samira de Jesus, 34, trabalha com delivery em um shopping e afirmou que este sábado esteve mais tranquilo.(com informações da repórter Irna Cavalcante)