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Tim inicia testes com 5G no Nordeste
Economia

Tim inicia testes com 5G no Nordeste

Multinacional da telecomunicação atua em parceria com empresas de outros setores e academia para destacar funcionalidade possíveis com a tecnologia
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CENTRO EXPERIMENTAL de 5G é uma parceria da Tim com a Nokia e o Virtus/UFCG (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação CENTRO EXPERIMENTAL de 5G é uma parceria da Tim com a Nokia e o Virtus/UFCG

A internet de quinta geração ganhou o primeiro centro de rede experimental no Norte-Nordeste. A Tim realizou parceria com a Nokia e com o Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologia da Informação, Comunicação e Automação (Virtus) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) para a ativação de um laboratório 5G no campus da universidade. Há cinco meses as pesquisas foram iniciadas.

O projeto do Tim 5G Living Lab incluirá a aplicação de tecnologias específicas da quinta geração de internet, como as altas frequências de transmissão de dados e baixa latência. A parceria com a Nokia também faz o Virtus pesquisar soluções na área de computação na borda e Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).

O diretor de Inovação da Tim Brasil, Janilson Bezerra, conta que a ideia da Tim é instalar equipamentos como este em regiões estratégicas do País. Isso servirá para preparar melhor o País para o que chama de quarta revolução industrial.

"Vamos promover uma consciência do que de fato essa tecnologia vai proporcionar. Ao longo dos últimos meses começamos a promover esse entendimento porque o 5G vai além do smartphone", diz.

O executivo explica que as possibilidade de desenvolvimento econômico e social a partir da tecnologia proporcionaram evoluções de áreas como segurança, transportes, agricultura, saúde, mídia e entretenimento, indústria, energia, além da própria telecomunicações.

A busca da empresa, continua, é fazer o Brasil superar dificuldades de infraestruturas que prejudicaram a evolução do setor nos últimos anos com a instalação das outras gerações de internet.

Hoje, a empresa afirma ter cobertura 4G em quase 3,5 mil brasileiras, mas problemas como os trâmites burocráticos para instalação de antenas, por exemplo, precisam ser superados. A tecnologia pode ser saída. "O Brasil não pode ficar fora da próxima revolução industrial", completa Janilson.

O porta-voz da Nokia da área de Marketing, Renato Bueno, destaca que a internet de quarta geração já é realidade para mais de 3 milhões de coreanos desde que o País implantou o 5G. Nos Estados Unidos, a tendência é que a chamada quarta revolução industrial aconteça entre 2028 e 2032.

Potencial de desenvolvimento

Em parceria com a Nokia e o Virtus/UFCG, operadora ativa rede experimental 5G no campus da universidade, em Campina Grande, para desenvolver soluções aplicadas nas áreas de software e automação
Em parceria com a Nokia e o Virtus/UFCG, operadora ativa rede experimental 5G no campus da universidade, em Campina Grande, para desenvolver soluções aplicadas nas áreas de software e automação (Foto: Divulgação)

Renato Bueno destaca que o potencial de desenvolvimento com as tecnologias serão potencializadas com o 5G. "Por isso a relevância deste projeto". Ele diz que os projetos disruptivos já iniciados na indústria devem ser potencializadas, com inovações em internet das coisas nos diferentes segmentos industriais vão gerar entre 4 e 11 dólares na economia mundial.

Além da expertise em tecnologia para o projeto, a Tim convidou empresas que fazem parte do parque tecnológico da UFCG para participarem do projeto. Esse é o caso da CNH Industrial, administradora da Case Construction, com o desenvolvimento de uma retroescavadeira conectada e remotamente controlada sob 5G.

O gerente de Desenvolvimento e de Produto da CNH Industrial, Felipe Moreira, destaca que o 5G vai acelerar processos e produção industrial que antes eram feitos de forma lenta. "É um processo de evolução interna na fábrica, ou seja, todo o processo produtivo está sendo atualizado com equipamentos conectados. Mas a inovação no produto está sendo feita de forma bem mais rápida", completa.

O presidente do Conselho Deliberativo do Virtus/UFCG, Danilo Santos destaca que o projeto junto à Tim deve se tornar um vetor de soluções inovadoras, além de potencializar o desenvolvimento científico e tecnológico regional. São mais de 200 pesquisadores participando de mais de 40 projetos do Virtus com mais de 20 parceiros privados.

*O repórter viajou a Campina Grande a convite da Tim

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