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Ceará aprova quatro projetos de energia solar em leilão
Economia

Ceará aprova quatro projetos de energia solar em leilão

Estado deve receber investimento de R$ 566 milhões nos próximos seis anos. Ao todo, foram contratados 91 empreendimentos no Brasil
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Os contratos, com potência de 120 megawatts (MW) de energia, foram firmados no leilão realizado em São Paulo (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Os contratos, com potência de 120 megawatts (MW) de energia, foram firmados no leilão realizado em São Paulo

Nos próximos seis anos, o Ceará vai receber investimentos da ordem de R$ 566 milhões em quatro novos projetos de energia solar. Os contratos, com potência de 120 megawatts (MW) de energia, foram firmados no leilão realizado ontem, em São Paulo. Pouco perto dos 122 projetos inscritos inicialmente.

Em todo Brasil, foram contratadas 2,9 gigawatts de energia, o que daria para atender 1,5 milhão de residências. Deste total, 1 gigawatt (GW) será fornecido por usinas eólicas, 734 MW por térmicas a gás e 530 MW por fontes solares. O leilão A-6, cujos empreendimentos começam a gerar energia a partir de 1º de janeiro de 2025, movimentou, ao todo, R$ 44 bilhões em contratos.

Os investimentos que deverão ser feitos é da ordem de R$ 11,2 bilhões. O preço médio, de R$ 176 pelo megawatt/hora ficou 33,7% abaixo dos valores de referência.

"Estamos adquirindo a energia suficiente e necessária para atender o crescimento do mercado", afirmou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros. Para ele, as contratações levam em consideração a previsão para que o País volte a ter crescimento econômico a partir de 2020.

 O número de projetos contratados no Ceará é pequeno perto da quantidade inscrita para este leilão. Eram inicialmente 122 projetos com capacidade de produzir 6,3 mil MW de energia. E a principal aposta do Estado, que eram os dois projetos de térmica a gás natural, não se concretizou.

Na avaliação do secretário-executivo de energia e telecomunicações do Ceará (Seinfra), Adão Linhares, quando se observa a garantia física de energia (1.702,5 MW médios), houve pouca contratação de energias renováveis. "E se olharmos os contratantes, foram poucas as distribuidoras participantes, uma demanda muito baixa".

Ele pontua, no entanto, que uma nova chance surgirá em março com mais um leilão, desta vez, nos moldes A-4 (previsto para entrar em operação daqui a quatro anos).

Dos 91 empreendimentos contratados no leilão, a maior parte (26) fica na Bahia. Em seguida, aparecem Rio Grande do Norte (14) e Santa Catarina (11).

Os contratos serão assinados por nove distribuidoras. A Light, do Rio de Janeiro, foi responsável por 38% do volume negociado e a Cemig, de Minas Gerais, por 15%. Também participaram a Boa Vista Energia (Roraima), a Ceal (Alagoas), a Celpe (Pernambuco), a Cemar (Maranhão), Cepisa (Piauí), Celpa (Pará) e Coelba (Bahia).

A diretora da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Elisa Bastos, relatora do processo do leilão, avalia que o certame foi exitoso para o mercado e trará ganhos para o consumidor brasileiro. "O leilão termina com muito sucesso, com preços médios adequados, o que trará benefício ao consumidor de energia elétrica por reduzir os custos de aquisição de energia das distribuidoras".

Os contratos de empreendimentos de fonte hidrelétrica (CGH, PCH e UHE) terão prazo de suprimento de 30 anos e o das usinas de fontes eólica e solar, prazo de suprimento de 20 anos. Já na modalidade por disponibilidade, os contratos de empreendimentos de geração de fonte termelétrica à biomassa e gás natural terão prazo de suprimento de 25 anos. (Com agências)

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