Embora de forma tímida, o Ibovespa conseguiu emendar o segundo dia de recuperação, conservando a linha de 115 mil pontos, após o tombo de 4,87% colhido na primeira sessão da semana, com Petrobras.
Ontem, o índice da B3 fechou em leve alta de 0,38%, a 115.667,78 pontos, entre mínima de 114.668,41 e máxima de 116.207,59, com giro a R$ 37,5 bilhões na quarta-feira.
Em dia negativo para as ações de bancos (ao final inclusive BB ON, em baixa de 0,39%), o desempenho favorável das ações de siderurgia (Usiminas 9,53%, Gerdau PN 5,48%, CSN 4,30%) e de utilities (Eletrobras PNB 4,94%), assim como da Petrobras (ON 1,28%, PN 1,41%) e Vale (ON 1,01%), contribuiu para o avanço do índice na sessão.
Na semana, o Ibovespa cede 2,33%, mas avança 0,52% no mês - no ano, perde 2,81%. As pressões sobre a curva de juros, aqui e nos EUA, mantêm o apetite por risco na defensiva.
Aqui, permanecem de pé os receios em torno da situação fiscal, e de certo não contribui a possibilidade de o Senado vir a desidratar a PEC Emergencial para aprovar apenas a autorização ao governo para a retomada do auxílio emergencial.
Lá fora, em contexto de política monetária bastante afrouxada e de novos estímulos fiscais a caminho, a perspectiva de inflação maior nos EUA, em meio a uma recuperação econômica que tende a ganhar ímpeto com o perceptível avanço da vacinação no país, mantém o yield de 10 anos em torno de 1,4%, criando algum desconforto. "O Fed deve continuar a dizer que a inflação é temporária. É provável que se tenha leituras mais altas nos próximos dois meses, mas se passar disso é provável que haja estresse no mercado", observa Scott Hodgson, gestor de renda variável na Galapagos, chamando atenção para a recente escalada dos yields nos EUA, especialmente o de 10 anos.
Dólar
O dólar teve novo dia de queda ante o real, acompanhando uma melhora no ambiente de negócios doméstico, após um começo de semana tumultuado com os ruídos envolvendo a Petrobras. Fechou a R$ 5,42.