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Número de chaves Pix já equivale a mais que o dobro da população brasileira
Economia

Número de chaves Pix já equivale a mais que o dobro da população brasileira

|EXPANSÃO| Volume de transações com o meio de pagamento instantâneo já iguala, percentualmente, o uso da modalidade débito. Crédito ainda responde por 76% do total de operações
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PAGAMENTOS por aproximação também teve alta de 136% (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil PAGAMENTOS por aproximação também teve alta de 136%

O total de chaves Pix ativas ultrapassou os 478 milhões, em julho deste ano, segundo estatísticas do Banco Central. O número corresponde a mais que o dobro da população brasileira, que é estimada em cerca de 214 milhões de habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Pix é um meio de pagamentos instantâneos, que possibilita transações financeiras gratuitas. O sistema foi desenvolvido pelo Banco Central e foi implementado em 2020. Em julho, o número de usuários cadastrados para utilizar o serviço era de mais de 131,8 milhões. Entre as 478 milhões de chaves Pix cadastradas, 95,6% são de pessoas físicas.

Veja as chaves pix mais usadas

O tipo mais usado é a chave aleatória, em que é fornecida uma combinação de números e letras (39,78%), seguida pela chave de CPF (22,75%), número de celular (20,98%) e endereço de e-mail (14,71%). As modalidades Pix Saque e Pix Troco, que começaram a funcionar no fim de 2021 e permitem que os usuários façam saques em estabelecimentos comerciais, não apenas em caixas eletrônicos, movimentaram mais de R$ 37 milhões, em 270 mil transações. O Pix teve mais de 2 bilhões de transações em julho, movimentando cerca de R$ 933 bilhões.

Por sua vez, o relatório Análise do Comportamento de Consumo, elaborado pelo Itaú Unibanco/Rede, apontou que o número de pagamentos feitos com o Pix igualou percentualmente o de cartões de débito, alcançando ambos a marca de 12%, nas operações de pessoa física para pessoa jurídica, no 2º trimestre de 2021 ante período equivalente de 2021. Os cartões de crédito representam 76%. Ainda conforme o levantamento, o valor transacionado no varejo segue acima dos níveis pré-isolamento, com alta de 35% e de 28% na quantidade de operações.

Mudança de hábitos

Na comparação com o mesmo intervalo de 2019, último ano antes da pandemia, o aumento nos gastos foi de 63%. Dentre os meios de pagamento, o Pix teve uma evolução de 124% no valor transacionado e 305% na quantidade de operações, quando consideradas transações realizadas de pessoa física para pessoa jurídica. No trimestre imediatamente anterior, o Pix correspondeu a 11% das movimentações, cartões de crédito a 62% e cartões de débito, 27%.

No 2º trimestre de 2022, o valor transacionado nas carteiras digitais para pagamento por aproximação com o celular teve incremento de 136% na comparação com período equivalente do ano anterior, e de 142% na quantidade de transações. Já as compras utilizando cartões virtuais aumentaram mais de três vezes, com crescimento de 312% na quantidade de operações, acompanhado de uma alta de 193% no valor transacionado.

A pesquisa também apontou algumas tendências de comportamento do consumidor brasileiro no pós-pandemia. Refletindo a retirada das restrições às atividades econômicas, regiões como o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste tiveram crescimento de 124% em valor transacionado em fast foods no 2° trimestre, na compra .

Ainda de acordo com o relatório Itaú Unibanco/Rede, transações em setores como vestuário, transportes e turismo tiveram destaque. Neste último segmento em particular, já pode ser sentido o impacto da Copa do Mundo nas despesas envolvendo o Catar, país que sediará a competição, que teve crescimento de 2.275%. (Com Agência Estado)

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