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Alta temporada deve elevar em 30% as contratações nas barracas da Praia do Futuro
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Economia

Alta temporada deve elevar em 30% as contratações nas barracas da Praia do Futuro

|Turismo| Projeção é da associação dos empresários que aponta ainda uma carência atual de 200 vagas
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BARRACAS na Praia do Futuro têm cerca 200 vagas de emprego abertas (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE BARRACAS na Praia do Futuro têm cerca 200 vagas de emprego abertas

Os donos de barracas na Praia do Futuro estão animados com a alta estação. De acordo com Fátima Queiroz, presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF), no momento os preparativos incluem contratar e qualificar mão-de-obra. Há uma carência de 200 trabalhadores para contratação imediata. Na alta temporada, a demanda deve aumentar em 30% a força de trabalho, segundo informou a diretora-executiva da entidade, Lílian Giovanni.

Fátima Queiroz diz que os investimentos atuais estão diretamente relacionados à alta expectativa de crescimento da demanda turística, especialmente para a temporada de verão e o período de Réveillon. “Há uma preparação enorme de estrutura focada especificamente nos dias de pico, que ocorrem após 25 de dezembro e, principalmente, de 1º a 5 de janeiro”, informa.

Devido à previsão de que a temporada será maior, houve um aumento na estrutura do investimento nas barracas para atender ao fluxo esperado de pessoas.

As barracas da Praia do Futuro receberam uma média de 150 mil pessoas nas festas de Réveillon de 2024 para 2025 e cerca de 500 mil pessoas no dia 1º de janeiro. E registraram um fluxo de 300 mil pessoas por dia, no período que antecedeu o Ano Novo. Foi o melhor público desde o fim da pandemia da Covid.

Segundo Lílian Giovanni, na temporada passada, muitas pessoas não conseguiram entrar nos eventos de Réveillon porque os locais atingiram o limite de segurança estabelecido. Ele diz que a celebração de Ano Novo está se tornando muito tradicional. “A média de barracas que promoviam o Réveillon nos outros anos era de cinco ou seis, mas neste ano são 15 barracas promovendo o evento”, informa.

De acordo com ela, as vendas para esses eventos estão avançadas, com estabelecimentos que estão com as vendas para o Réveillon já no terceiro lote e outros já tendo encerrado ou virando seus lotes.

Demanda por mão de obra

Além do investimento em estrutura física e eventos, Lílian afirma que existe uma demanda constante e não sazonal por mão-de-obra. Segundo ela, existe uma demanda muito grande de vagas permanentes (não temporárias ou sazonais) que não conseguem ser preenchidas.

Lilian explica que, em média, o ano todo, as empresas trabalham com 200 a 300 vagas abertas, embora essa demanda caia durante o período de inverno ou chuva.

Para tentar suprir essa lacuna, são realizados mutirões de emprego, geralmente duas vezes por ano. Ontem, na Barraca Marulho, a AEPF realizou o I Fórum ESG debate sustentabilidade e futuro das barracas. O evento antecedeu o lançamento do II Festival Gastronômico da Praia do Futuro.

Além dos empresários, o evento reuniu representantes da comunidade local e agentes do poder público com o objetivo de debater preservação e desenvolvimento sustentável da orla.

Iluminação pública e segurança foram as principais questões levantadas durante o debate. Empresários e comunidade solicitaram maior empenho do poder público para melhorar a sensação de segurança na área.

Um dos pontos colocados foi o péssimo estado de conservação dos postes de iluminação devido à ação da maresia, que é muito forte. Uma das sugestões feitas foi que os equipamentos, hoje feitos de concreto, fossem substituídos por madeira do tipo eucalipto ou que a fiação fosse subterrânea.

Com relação à segurança, foi solicitada a instalação de câmeras na área do calçadão e na Praça da Paz (ex-31 de Março).

Lílian Giovanni lembrou o título de Patrimônio Cultural Brasileiro concedido ano passado às barracas da Praia do Futuro. E que a área precisa ser lembrada como um equipamento cultural e de lazer de Fortaleza.

“São mais de 60 anos que essas barracas existem. Não estamos falando aqui de preservar o patrimônio privado. E sim o patrimônio de lazer, a forma como Fortaleza usufrui desse espaço. E não existe uma Praia do Futuro que não seja com barraca. Quem vem para a Praia do Futuro vem para a barraca. É um hábito cultural do povo cearense”, pontua.

O fórum integra a programação do Festival Gastronômico da Praia do Futuro, aberto ontem, e que prossegue até o próximo dia 23. Com foco em sustentabilidade e valorização da gastronomia cearense, o festival também promove ações sociais, mutirão de empregos e atividades ambientais ao longo dos onze dias de evento.

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