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Felipe Alves fala sobre disputa no gol, relação com Ceni e defesas de pênalti
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Felipe Alves fala sobre disputa no gol, relação com Ceni e defesas de pênalti

Em participação do podcast FutCast, do O POVO, goleiro destrinchou temas de bastidores e de dentro do campo no Fortaleza
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FELIPE Alves fez 25
Foto: AURELIO ALVES FELIPE Alves fez 25 "defesas difíceis" na Série A

Felipe Alves Raymundo, 31 anos, o novo paredão do Fortaleza. Destaque do Tricolor na temporada de 2019, o goleiro viu suas atuações ganharem repercussão nacional com o início do Brasileirão. As imagens das defesas no último jogo contra o Atlético-MG, quando segurou dois pênaltis consecutivos, rodaram os principais programas esportivos do País. Em dez partidas na competição, ele já é o líder de defesas difíceis, com 17.

Em entrevista de quase uma hora para o podcast esportivo FutCast, do O POVO, o paredão comentou sobre o duelo inusitado contra o Galo, a relação com o técnico Rogério Ceni e com o goleiro Marcelo Boeck, seu início no futebol e histórias de bastidores. O programa vai ao ar amanhã, mas O POVO antecipa trechos de destaque da conversa com Felipe Alves.

O POVO - O jogo contra o Atlético-MG foi o mais louco que você já jogou?

Felipe Alves - O futebol proporciona momentos incríveis. Esse foi um jogo atípico, em que aconteceu de tudo um pouco. É uma partida que vai ficar marcada na memória pra sempre. Sempre quando a gente lembrar de jogos emocionantes, vamos lembrar desse.

O POVO - Como foi aquele momento dos pênaltis seguidos na partida?

FA - Foi até bom você ter comentado isso. Vi alguns comentários de pessoas me julgando muito com relação ao que aconteceu com a árbitra, mas poucas pessoas entendem da regra do futebol. O atleta não pode tocar no árbitro e o árbitro não pode tocar no atleta. Ali foi só em cima das regras. Eu já tinha cartão amarelo, não poderia ser expulso, jogo estava muito turbulento e tinha um pênalti pra pegar.

O POVO - Quando você viu a bola do Juninho, em algum momento, pensou que não deveria estar adiantado?

FA - Eu, como goleiro, tenho senso de proteção em relação a isso muito grande dentro da partida. Esse senso é ativado quando a gente não está com a bola. A bola estava com a gente. Quando eu vi, não tinha como fazer nada. Eu não esperava, nem ele. Foi um golaço. Até dei parabéns pra ele porque fez o gol que o Pelé não fez. Acho que ele exagerou na força.

O POVO - O Juninho foi corajoso em cobrar o pênalti?

FA - O Juninho teve a personalidade de bater. Isso é do caramba. O cara que tá ali dentro sente a confiança. E aconteceu com o Atlético-MG também. O primeiro cara (Alerrandro) que bateu (o pênalti), perdeu e o Luan pegou pra bater. Dois momentos na mesma partida, na mesma situação. Juninho fez gol contra e teve personalidade de bater, fez o gol e nos ajudou. E o Atlético-MG teve essa mesma situação e trocou.

O POVO - Como é a sua relação com o Rogério Ceni?

FA - O Rogério jogou. Isso faz a diferença pra ele no comando hoje em dia. Ele tem um feeling muito bom com os atletas. Sabe a maneira de cobrar. Mas sabe a maneira de tirar o pé e de falar palavras de conforto. Ele tem os dois lados da moeda.

O POVO - E como é a convivência com o Boeck, ídolo do clube, que hoje é seu reserva?

FA -Quando cheguei aqui, ficou bem claro que cada um disputaria um campeonato. Depois que os dois foram campeões (Cearense e Nordestão), o Rogério optou por me manter de titular. Isso não apaga a história do Boeck, que todo mundo admira e quer fazer a sua também. Minha relação com ele é extremamente do bem. As pessoas forçam esse duelo, mas pelo contrário. Temos uma briga semanal que é benéfica pro clube e pra gente mesmo.

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Para ouvir

A entrevista exclusiva será lançada na próxima quinta-feira, no Futcast (blogs.opovo.com.br/futcast), que pode ser ouvido nas principais plataformas de podcast, como Deezer, Spotify, Apple Podcasts e Spreaker.

 

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