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Brasil iguala recorde, "perde" ouro e chega a 21 títulos paralímpícos de novo
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Brasil iguala recorde, "perde" ouro e chega a 21 títulos paralímpícos de novo

Thiago Paulinho conquista o ouro no arremesso de peso F57, mas tem tentativas anuladas após protesto da China e "cai" pro bronze. Horas depois, Fernando Rufino foi ouro na paracanoagem Va'a 200m VL2.
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Brasil é campeão de goalball (Foto: ALE CABRAL/CPB)
Foto: ALE CABRAL/CPB Brasil é campeão de goalball

Ontem, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil tinha conquistado dois ouros, a marca exata para igualar o recorde de 21 ouros atingidos em Londres-2012. O verbo está correto, tinha. Isso porque um dos dois títulos, o de Thiago Paulino no arremesso de peso F57, teve lançamentos cancelados e a medalha do brasileiro acabou mudando de cor.

Cerca de 12 hora após a prova, uma revisão final acabou anulando quatro dos cinco arremessos do então campeão olímpico. Com isso, a marca de 15,10m foi anulada e o paulista só teve validado os 14,77m da primeira tentativa, ficando com o bronze. Com isso, o chinês Guoshan Wu, com 15m, ficou com o ouro e o também brasileiro Marco Aurélio Borges foi prata, com 14,85m. Até o fechamento da edição, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) não havia recebido uma explicação sobre a decisão. O protesto inicial foi da China, beneficiada com a decisão.

Com isso, o recorde do Brasil em Paralimpíadas foi adiado. Ele tinha sido atingido com a medalha de Thiago Paulino e com o ouro inédito no golbol masculino.

A seleção brasileira venceu a China na decisão, com uma goleada por 7 a 2 para chegar ao ouro histórico no esporte coletivo disputado por deficientes visuais. O Brasil é bicampeão mundial, em 2014 e 2018, mas nunca havia conquistado a glória paralímpica.

Outras cinco medalhas foram conquistada por atletas brasileiros no décimo dia de Paralimpíada de Tóquio. Luís Carlos Cardoso, nos 200m (classe KL1) da canoagem levou uma prata, enquanto João Victor Teixeira, no lançamento de disco (classe F37), Silvana Fernandes no parataekwondo (classe K44 para atletas até 58kg) e Wendell Belarmino nos 100m borboleta (S11), foram bronze.

O recorde foi "reatingido" no início do 11º dia de competição, na noite de ontem, quando Fernando Rufino foi ouro na paracanoagem Va'a 200m VL2.

O encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio será no domingo, 5. Até lá, o Brasil ainda é favorito em algumas modalidades, como o futebol de 5, esporte em que foi ouro em todas as edições disputadas. A final, contra a Argentina, tem início previsto para as 5h30min deste sábado.

Em Londres-2012, o Brasil terminou com a sétima colocação geral, com 21 ouros, 14 pratas e 8 bronzes. O recorde no total de medalhas foi na Rio-2016, com 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes — 72 no total.

Até o fechamento da página, a delegação nacional tinha 63 pódios, sendo 21 títulos, 15 vice-campeonatos e 27 terceiros lugares, o que rendia a sétima colocação geral. (Com Gazeta Esportiva)

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