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Quais ajustes Vojvoda pode fazer na defesa do Fortaleza para as oitavas da Libertadores
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Quais ajustes Vojvoda pode fazer na defesa do Fortaleza para as oitavas da Libertadores

Para sair de campo com um bom resultado diante do Estudiantes-ARG, amanhã, no Castelão, o Leão do Pici precisará mostrar o que pouco conseguiu na temporada: uma retaguarda sólida
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Titi é um dos pilares da defesa do Tricolor (Foto: Staff Images / CONMEBOL)
Foto: Staff Images / CONMEBOL Titi é um dos pilares da defesa do Tricolor

Amanhã, o Fortaleza disputará um dos jogos mais importantes de sua história. O Leão do Pici recebe o Estudiantes-ARG na Arena Castelão, às 21h30min, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Para seguir sonhando dentro da competição internacional, o Tricolor precisará melhorar um setor específico do time: a defesa.

Com indefinições na zaga titular, já que o capitão Tinga está entregue ao departamento médico, o sistema defensivo do Leão do Pici não tem passado confiança, e a equipe dificilmente deixa o gramado sem sofrer gols nesta parte da temporada. Vojvoda tem feito testes com Brayan Ceballos e Landázuri no lugar do camisa 2, mas a defesa ainda não encontrou o encaixe ideal.

Na Libertadores, o Fortaleza sofreu nove gols e não teve a própria rede balançada em apenas um dos seis jogos que disputou até aqui. Isso aconteceu na vitória por 2 a 0 sobre o Alianza Lima, no Peru, pela quinta rodada da competição. 

Na Série A do Campeonato Brasileiro, após 14 rodadas disputadas, o Leão deixou o gramado sem ser vazado em apenas duas oportunidades, contra Athletico-PR (0 a 0) e América-MG (1 a 0). O Leão tem a quarta pior defesa da competição, com 19 gols sofridos, junto com Atlético-GO, Botafogo-RJ e RB Bragantino-SP.

Um dos pontos que o técnico Juan Pablo Vojvoda deve ajustar no Leão do Pici é a bola aérea. Sem Tinga, o Fortaleza perde força para defender bolas alçadas na área. No último jogo, contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão, o time sofreu três gols, todos a partir de cruzamentos na grande área.

O Estudiantes, adversário de amanhã, tem um bom cabeceador no comando do ataque: o experiente Mauro Boselli. Uma das principais características do centroavante argentino, apesar da baixa estatura, é o cabeceio. Então, o Fortaleza precisará ter atenção redobrada nos cruzamentos próximos à própria meta.

O que também pode ser melhorado no Fortaleza é a combatividade. Com 191 desarmes no Brasileirão, o Leão é a pior equipe neste quesito. Na Libertadores, os números não são tão diferentes. Neste fundamento, o time cearense está na frente de outras 10 equipes — ao todo são 32 participantes —, com 82 desarmes.

Uma das possibilidades para Vojvoda melhorar o Tricolor neste quesito é escalando três volantes no meio de campo. Felipe, Zé Welison e Ronald podem aliar técnica a intensidade, fazendo que a equipe ganhe força de combate, sem perder ofensividade. Hércules, titular da equipe na temporada, é dúvida para o confronto contra o Estudiantes.

Por fim, o Tricolor precisa tomar cuidado com as costas dos alas. Com as corriqueiras subidas ao ataque de Yago Pikachu, Juninho Capixaba ou Lucas Crispim, as laterais da defesa do Fortaleza ficam desprotegidas, o que causa uma sobrecarga aos zagueiros, deixando o atacante adversário no mano a mano com algum dos defensores da equipe. 

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