Trinta e quatro dias. Esse é o tempo aproximado em que o Ceará vai ter de intertemporada durante a pausa para o Super Mundial de Clubes da Fifa, disputado entre os dias 14 de junho e 13 de julho. O período será de suma importância para a retomada das competições no segundo semestre.
Nele, o Alvinegro de Porangabuçu terá de reavaliar e melhorar pontos cruciais para ser mais competitivo no restante do ano. Entre os fatores está o fraco desempenho em duelos fora de casa. Pela Série A e Copa do Brasil, torneios que têm maior apelo no calendário, a equipe foi visitante em seis ocasiões, acumulando três derrotas e três empates.
O compromisso mais recente disputado fora do Estado, inclusive, culminou em mais um revés. Nessa quarta-feira, o Vovô foi superado pelo Botafogo por 3 a 2 em partida atrasada da décima rodada. Em campo, o time comandado por Léo Condé voltou a cometer erros em lances decisivos e sofreu, mais uma vez, com a falta de atenção — problema antigo na temporada.
"É uma pena, (foi) um jogo que a gente tinha tudo para pelo menos pontuar. A gente acabou dando mole. Série A é assim. A gente já sofreu em outros jogos por causa disso. Qualquer deslize que a gente dá, a gente é punido. Agora vai ter a pausa, é descansar, esfriar a cabeça. A gente tem 40 dias para se preparar para o próximo jogo. A gente tem que crescer com os nossos erros. Não dá para a gente ficar repetindo erro. Vim aqui falar que erramos. Não, a gente tem que melhorar. É diferente. Qualquer detalhe tem que dar muita atenção", disse o atacante Pedro Raul após a derrota.
Ciente da necessidade de melhora do Alvinegro, o treinador reforçou, em entrevista coletiva, a intenção de ajustar os pontos durante a parada para o Mundial. Além disso, destacou o bom início de ano do clube, aproveitando para citar a margem de melhora que o time pode ter na retomada.
"Nós vamos tentar aproveitar o máximo possível esse período. A gente tem coisas boas nesse primeiro semestre: a conquista do título estadual, avançamos à terceira fase da Copa do Brasil, tivemos um início de Brasileiro positivo. Mas a gente sabe tem uma margem para melhorar e é o que nós vamos fazer", comentou.
Outro fator que pode aumentar o nível de competitividade do Ceará no segundo semestre será a contratação de reforços. Com um elenco "curto", Condé vem tendo dificuldades, sobretudo na segunda etapa dos jogos, devido à falta de opções à altura no banco de reservas.
Entre os setores mais carentes, estão a lateral esquerda, o meio-campo e as pontas. É visível que os jogadores titulares conseguem performar bem, mas, com um calendário tão intenso, é necessário ter opções com nível equivalente de desempenho. Sobre isso, o comandante também alertou sobre o lado financeiro em possíveis negociações.
"Em relação a contratação, isso é discutido internamente junto com a direção do clube porque envolve uma série de situações. A gente discute as posições que a gente imagina que precisa preencher para ter mais opções. E também o clube, dentro do orçamento financeiro, buscar o jogador que possa atender e encaixar nas condições financeiras."